Treinado por maior mito argentino, volante agora é comandado por grande ídolo colorado, e especialista na função

Falcão (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
Bolatti é volante. Não por acaso, ele ouve falar de Falcão há longo tempo, em referências saídas de seu pai, José Bolatti, que inclusive foi ao Beira-Rio na segunda-feira para ver o ex-craque de perto. O jogador colorado vê uma vantagem em ter ídolos no comando: a sabedoria que eles carregam de seus tempos como jogador.
- Não se pode comparar. Na verdade, não se pode comparar nenhum treinador. Cada um tem sua maneira. Ambos foram jogadores, conhecem o vestiário, a intimidade dos jogadores. Para um plantel como o nosso, com tantos jogadores de qualidade, isso é importante – disse Bolatti.
O volante acha uma boa ter Falcão, um dos melhores volantes já criados no planeta, como técnico agora. Ele espera aprender com o ex-jogador.
- É importante, sem dúvida. Tenho como técnico alguém que conhece a função que cumpro. É bom, porque posso aprender, tendo à frente uma pessoa que conhece a função, o clube, a torcida, tudo. Para mim, é importante. Tudo isso tem que ser aproveitado.
Bolatti não viu Falcão jogar. Ele acompanhou o técnico colorado apenas por imagens. Agora, espera conhecer melhor o ídolo colorado no trabalho diário. A expectativa de todos no Beira-Rio, inclusive dele, é grande. Mas o jogador pede calma.
- Temos que ter paciência, dar esse tempo de espera, saber o momento certo e ir passo a passo. Temos dois momentos importantes para o clube, pelo Gauchão e pela Libertadores. Precisamos pensar nisso.
Recentemente, Bolatti comemorou um gol pelo Inter dando um salto no ar, repetindo, quase com perfeição, um gesto de Falcão. As imagens circularam pela internet, em uma união do melhor de todos os volantes que o Colorado já teve e da nova referência do clube na função. E foi tudo por acaso. Bolatti só ficou sabendo da coincidência depois.