sábado, 5 de dezembro de 2015

Pesqueira Futebol clube é a minha nova casa.




Venho aqui agradecer aos amigos pela torcida e compartilhar com os mesmo que agora estou de casa nova.
Sou o treinador do Pesqueira futebol Clube, agradeço a confiança do presidente e demais diretores por nossa contratação.
Agora é trabalhar que temos muito o que fazer.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Observamos uma melhora na equipe, mesmo ainda havendo improvisação .

(imagem tv grande rio)

Após duas rodadas posso falar que vejo o crescimento da equipe, como era de se esperar a equipe iria crescer no decorrer da competição, principalmente se tratando da regularização dos nossos jogadores.
No primeiro jogo foi tudo muito lamentável, jogarmos com 10 jogadores, um deles sendo um goleiro no ataque, um volante de lateral, lateral lesionado, um meia de volante e 2 atacantes de meio campista, realmente muito lamentável, sem contar que não tinha nenhum jogador no banco de reservas.
Já neste segundo jogo diante da boa equipe de Afogados, tivemos alguns jogadores regularizado e diminuímos a quantidade de improvisação, e assim pudemos apresentar mais um equilíbrio entre os setores, nos apresentamos de forma rápida e com uma posse de bola que nos possibilitou chegarmos muitas vezes dentro da área com grande possibilidades de fazermos os gols, mas infelizmente mal aproveitadas.
Pecamos muito nas finalizações e pagamos caro por isso, levamos um gol do empate nos acréscimos, Mas no contexto geral gostei da evolução da equipe e temos certeza que com as regularizações dos outros jogadores e assim espero que tenhamos a minha disposição mais opções.
Temos certeza que nos próximos compromissos, a nossa equipe apresentará um desempenho um pouco melhor e assim nos consolidaremos no G4 que nos dará a vaga para a próxima fase,

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Semana decisiva do Araripina F.C antes da estreia.

( tv Grande Rio)
Em um dia festivo de domingo, o Araripina deu mais um passo na busca de nossos sonhos, logo pela manhã um amistoso que terminou em 1x1, seguido de um belo desfile de apresentação dos nossos uniformes oficias e culminando com um Show da cantora Érika Diniz e banda mocidade forrozeira.
Foi uma tarde muito boa, agradeço aqui em nome da comissão técnica e atletas o apoio que estamos recebendo de todos os colaboradores, pois com a ajude de você temos a possibilidade de tornar o grupo cada vez mais forte.
Falando um pouco do amistoso realizada as 10;00 da manhã, em um sol castigante do Sertão pernambucano, só tiro proveito.
Vimos alguns erros e vamos agora trabalhar em busca de corrigir o que que foi apresentado e darmos mais qualidade ao que houve de bom, temos pouco tempo para estas correções, mas temos muita vontade em melhorar.
Tenho certeza que quinta feira muitos destes erros não irão acontecer, que nossa equipe apresentará um futebol um pouco melhor, mas sabemos também que não iremos apresentar um futebol vistoso e sem erros.
Esperamos errar menos do que erramos neste jogo treino, e principalmente, jogar um nível de futebol, que nos faça ser merecedor da vitória.
Não estou aqui para enganar o torcedor dizendo que vamos apresentar um futebol sem erros, iremos errar sim, só espero que estes erros sejam menores do que os do nosso adversário, e termos um pouco mais de competência e tranquilidade em fazermos as oportunidades criadas.
Espero contar com o apoio e colaboração de todos os torcedores comparecendo ao estádio Chapadão e apoio o nosso grupo do inicio ao fim de jogo, a força vindo das arquibancada sempre foi o forte deste clube batalhador e valente.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Trabalho e mais trabalho, a unica forma de sermos merecedores da vitória é justamente trabalhando muito.


Após mais um encerramento das atividades, mais uma vez vejo a evolução do grupo.
Estamos chegando ao final da segunda semana de pré temporada, vemos alguns erros, porém vejo a intensidade de parte de todos em querer acertar, estamos trabalhando arduamente na busca de corrigirmos os erros apresentados.
Sabemos que o tempo é curto, não temos muito tempo até a estreia na competição, todos os demais clubes já estão em fase final de pré temporada, enquanto nós ainda estamos no inicio, porém estamos confiante no grupo que estamos montando e no trabalho realizado até aqui.
Os jogadores muito comprometido com o nosso objetivo, uma entrega constante nos trabalhos, começam a compreender a nossa filosofia de trabalho e a postura tática e suas variações que almejamos desempenhar na competição.
E a unica forma que temos de corrigir e chegarmos da melhor maneira possível no inicio da competição é trabalhando muito.
Agradeço aqui a todos os atletas que diariamente vem se dedicando de grande maneira na busca dos grandes resultados.

Esclarecendo.


Amigos venho aqui esclarecer algumas situações, o Serra é um dos representantes de PE na série D do brasileiro.
De ontem pra hoje respondi muitas perguntas referente a uma possível ida ao clube do Serra, essa informação não procede, continuo aqui em Araripina em plena pré temporada visando a série A2 de Pernambuco, o clube vem se esforçando muito para termos uma equipe muito competitiva, estamos efetivamente montando o grupo juntamente com a diretoria.
O clube do Serra tem o seu treinador efetivado, e eu estou no Araripina muito focado no trabalho, uma certa vez um amigo me falou que sempre que estamos atuando haverá uma possibilidade de mudança, principalmente se você tiver feito um bom trabalho, pois bem, o meu momento é aqui no Araripina em fazer um bom trabalho, conseguirmos os nossos objetivos juntamente com os guerreiros que aqui temos.
Fico muito feliz quando temos o nosso nome lembrado por equipes importantes como é o caso do Serra talhada FC, como também estou muito feliz em está comandando a equipe técnica do Araripina FC, uma outra força do interior de Pernambuco.
Tenho certeza que no Araripina FC, juntos iremos conquistar os nossos objetivos desde o momento que a união e o foco seja algo constantes e diários no clube.

Muito Agradecido.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

1º coletivo, alguns erros e acertos, tudo dentro do esperado, nos próximos treinos táticos na busca das correções.


Primeiro treino tático (Coletivo) vejo com bons olhos o que foi praticado na tarde de hoje no estádio do Chapadão,
Temos muito o que melhorar, o tempo é curto é bem verdade, mas dentro do que foi feito até aqui, vemos um desenvolvimento considerado, sabemos que temos que melhorar, mas estamos no caminho certo.
O tempo que temos de preparação está sendo curto é bem verdade, temos apenas de trabalho duas semanas, porém como falei anteriormente vejo com bons olhos.
Os atletas tem se comprometido aos treinos com muita intensidade, tenho visto a entrega dos mesmos aos trabalho na tentativa de aprimorar os erros detectados.
Por mais tempo que tivéssemos de preparação, os erros sempre iriam existir, cabe a nós trabalharmos diariamente na busca das correções necessária para que na estreia esteja com um grupo competitivo e possamos ser merecedores dos grandes resultados.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O tempo pode ser curto, mas o trabalho é muito, Araripina a todo vapor.



Hoje saio satisfeito do trabalho técnico, realizado com muitas finalizações e poder de marcação, os jogadores compreendendo bem nosso intuito, aos poucos vamos introduzindo a nossa filosofia de trabalho.
Os trabalhos técnico é o fundamento de qualquer parte tática, principalmente nos dias de hoje, onde os detalhes estão fazendo a diferença.
Realmente vejo como crescente o desempenho do grupo, aos poucos vamos melhorando principalmente pelo nosso pouco tempo de trabalho, vejo como normal alguns erros, como também vejo o grupo continuar melhorando.
Não tem sido fácil, muita coisa por fazer, mas graças a Deus as coisas estão se saindo tudo dentro do aceitável.
Hoje no segundo expediente dividiremos o grupo em dois, um grupo fará um treino avaliativo que servirá para termos algumas conclusões a respeito de alguns jogadores que estão em testes, será um pequeno treino diante da seleção da cidade que disputa a Copa do Interior, e o outro grupo ficará em cargo do preparador físico André.
Esta semana pretendemos começar dar mais enfase, a parte tática, com mais trabalhos técnicos-táticos e os táticos, queremos já montar e dar uma cara tática a equipe, por mais que todos os nossos trabalhos sejam em base de um padrão tático justamente para que os jogadores não tenham tanta dificuldade em assimilar o que pretendemos. 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Araripina em plena pré temporada visando a série A2 2015



Trabalhos a todo vapor, buscando dar um condicionamento físico técnico e tático a equipe, estamos buscando encontrar um equilíbrio no grupo, encontramos alguns erros e deficiências que esperamos no decorrer da pré temporada possamos corrigir.
Os trabalhos em conjunto com o preparador físico André e o preparador de goleiro Dias estão sendo muito importante, dar a qualidade em todos os setores é determinante para chegarmos ao nosso objetivo.
Semana muito forte, resolvemos amanhã darmos um pequeno repouso ao grupo no período da manhã, e a tarde darmos sequencia aos trabalhos.
Em meio ao pouco tempo de trabalho que temos até o inicio da competição, estamos tendo um desenvolvimento satisfatório, esperamos no inicio da competição estejamos com o grupo bastante equilibrado em todos os seguimentos, seja ele; físico, técnico e tático.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Diretoria e comissão em busca do acesso.



Com a comissão e o departamento de futebol praticamente completo.
Venho aqui dizer que muito trabalho teremos pela frente, sou conhecedor que muito já tem sido feito, pois realmente muitas coisas de bastidores arduamente tem sido solucionadas, sabemos também que as coisas de bastidores tem que está completamente montado e resolvidas, para que as outras coisas possam dar certo dentro de campo.
E por isso posso afirmar que a luta é e tem sido grande, mas do que nunca a união tem que prevalecer, que todos os seguimentos da cidade, sejam elas publicas ou privadas, tem que está unidas em prol do clube, neste momento o clube não representa um grupo de pessoas e sim toda uma cidade, todo o município gostaria de ver o Araripina forte, sendo um grande representante do povo em uma competição tão importante quanto é o campeonato pernambucano.
Também sei que temos muito ainda por fazer, a cada dia estamos mais próximo do inicio da competição.
Com data de inicio da pre temporada, 30 de junho definido, com as avaliações em Araripina confirmadas dia 27 e 28 de junho.
Vamos poder finalmente começar os trabalhos de campo.
Todos que fazem parte deste projeto começando do presidente Ted Alencar e passando por todos os outros, estão se empenhando para que este projeto seja um sucesso, para que os objetivos sejam alcançados, para que cada meta sejam conquistadas.
Conto com ajuda, torcida e orações de todos, pois quanto maior for o projeto, maior será a luta e trabalho para que tudo possa dá certo

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Técnico do Araripina elogia reforços do time para o Pernambucano Série A2

Cleibson Ferreira acredita que a experiência adquirida pelos atletas vai ajudar o Bode

Por Araripina, PE

Cleibson Ferreira, técnico do Corintians-RN (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)

Cleibson Ferreira elogia os reforços do Araripina 

O técnico do Araripina,Cleibson Ferreira, está otimista com a formação do time. Sem a ameaça de ficar fora da Série A2 do Pernambucano, o Bode do Araripe já anunciou as contratações de seis atletas, além disso, a equipe deve ganhar os reforços de jogadores oriundos de peneiras feitas nas cidades da região
Até agora, o Araripina acertou com o atacante Yuri, o meia atacante Éder Maranhão, o goleiro Gustavo, os volantes Tiago Bagagem e Brejeiro, o atacante Olavo Araripina e o meia-atacante Maurizan

– Estou muito satisfeito, principalmente por se tratar de jogadores que têm se destacando por onde passam. Jogadores acostumados a competições importantes e alguns com passagens no próprio Araripina, dando sua colaboração – destaca o treinador. 

De acordo com o treinador, a montagem do grupo tem tido sucesso em função do trabalho desenvolvido pela direção do clube. 

– Temos que agradecer os esforços do Ted Alencar, Walmy Bezerra e Ricardo Valério, que todos os dias a todo instante, entrando em contato com os atletas, e graças a Deus  fechando com sucesso cada contato.

Nos últimos dias, a direção do Bode conseguiu solucionar os bloqueios judiciais trabalhistas de R$126 mil, que poderiam deixar a equipe fora da disputa pelo acesso à Série A do Pernambucano.

Fonte: globoesporte.com

quinta-feira, 16 de abril de 2015

UM ERRO “DANTESCO” NA LIGA DOS CAMPEÕES



O FC Porto venceu o FC Bayern Munique nos Quartos de Final da Liga dos Campeões da UEFA 2014/2015 por 3-1.
O terceiro golo da equipa portuguesa foi conseguido depois de um erro muito grave do Defesa Central brasileiro Dante.
Cada vez mais é notória a importância de ensinarmos o Jogo (os aspetos táticos) aos jogadores de futebol, desde mais tenras idades até aos Profissionais.
Neste golo sofrido, Dante não respeitou o Princípio da Cobertura Defensiva ao outro Defesa Central (Boateng).
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Como podemos observar na imagem anterior, Boateng marcava o Ponta de Lança do FC Porto (Jackson Martinez) e no entanto era o último defesa entre a baliza e o seu adversário. Dante deveria estar mais próximo do seu colega e ser ele o último jogador da linha defensiva, colocado em diagonal, protegendo as costas de Boateng, dando-lhe a Cobertura Defensiva.
Uns segundos mais tarde continuámos a ver o mau posicionamento de Dante em relação ao seu companheiro, atuando um pouco displicentemente uma vez que confiou em demasia que Boateng ganharia a bola aérea. Mais uma vez mostramos na imagem como deveria ser o posicionamento de Dante nesta ocasião para prevenir uma falha do seu colega.
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    Fonte:



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Qualificação profissional em pró do resultado.

Muitas viagens por diversas cidades e estados buscando o nosso desenvolvimento e principalmente na tentativa de buscarmos parceiros para o desenvolvimento de nosso projeto afrente do Araripina F.C.
Na verdade tudo é muito cansativo porém acreditamos termos nestes dias feito muitos contatos importantes para o nosso desenvolvimento.

Agradeço aos amigos pela acolhida e recepção em cada cidade visitada.
Conhecer a estrutura de alguns grandes clubes e principalmente a troca de conhecimento com grandes profissionais que ali tem é um grande prazer.

Em breve novas visitas a outras estruturas, com trocas de conhecimento e aprendizados com os amigos.

Com certeza a cada visita muita novidade teremos para o nosso Araripina FC, muito gratificante este trabalho, espero muito em breve começar os trabalhos de campo, a ansiedade de fazermos um bom trabalho é normal nessa hora.

Sabemos que todas as equipes ou boa parte delas já começam a fazer os seus planejamentos, suas observações e busca na montagem dos seus elencos e nós não somos diferentes, tenho me esforçado muito para tentar fazer um planejamento onde o pouco tempo, as condições financeiras, sejam transformados em resultados positivos.

Aproveitando estes momentos tenho buscado fazer muito estudo em busca de novos método de trabalho, filosofias táticas, perfil tático e técnico, pois a credito que uma atualização sempre torna a distancia entre o trabalho e o resultado positivo mais próximos.


terça-feira, 24 de março de 2015

CONHECENDO O PROFESSOR CLEIBSON FERREIRA E SUA LUTA NO ARARIPINA FUTEBOL CLUBE





Na tarde de hoje, vamos levar aos amigos, uma entrevista com o novo treinador do Araripina F.C, falando um pouco do planejamento 2015 e saber um pouco da sua trajetória profissional.
FN: Boa tarde professor, muito obrigado por aceitar o nosso convite em nos conceder essa entrevista.
CF: O prazer é todo meu, estamos a disposição para este bate papo e esclarecer qualquer duvida dos amigos. 
FN: Temos acompanhado algum tempo a sua trajetória profissional, más, nos fale um pouco do Cleibson Ferreira.
CF: Cleibson Ferreira é uma pessoa que busca por seus objetivos, sempre trabalhando seriamente de forma honesta acreditando que com planejamento e muito trabalho os resultados ficam mais próximos de ser realizados.
FN: Pelo seu histórico profissional, vemos um treinador jovem e com algumas conquistas, o senhor poderia dizer qual foi a sua maior conquista profissional?
CF: Não acho conquistas maiores ou menores, conquistas são conquistas não importa onde, pois todas estas conquistas tiveram os seus sacrifícios, suores derramados, choro e sorrisos, sejam elas desde os tempos de base no Náutico, ou no inicio da carreira no futebol boliviano, ou mesmo as recentes com as outras equipes que tive a felicidade de poder fazer parte, conquista são conquista só quem participou delas sabe o quanto foi difícil, eu seria injusto em dizer que a conquista A ou B foi maior que a C.
FN: O porquê o senhor aceitou o convite do Araripina FC?
CF: Simples, porque o Araripina é uma forte equipe do interior pernambucano, que sempre busca por titulo, e que tem uma torcida que faz a diferença na hora que mais se precisa, é sempre bom trabalhar com equipe de massa.
FN: Como e quando aconteceu o seu acerto com o Araripina?
CF: Foi um namoro antigo que se arrastava desde o ano passado na gestão do Walmir Bezerra, más, por algum motivo não foi possível naquele momento, e que agora graças a Deus pode ser concretizado com ajuda do próprio Walmir Bezerra e o Ricardo Valério, que com o projeto apresentado por Ted Alencar se tornou possível, pois o mesmo não mede esforços para que o Araripina possa ter todas as condições de trabalho e assim possamos fazer uma boa competição. 
FN: Ano passado aconteceu um fato curioso, após vocês sempre haver classificado o Afogados com rodadas de antecedência, e já estava garantida a fase de quartas de finais, o senhor foi surpreendentemente demitido, o senhor acha que este fato foi determinante para a equipe do Afogado não tenha alcançado o acesso?
CF: Não sei, a equipe dentro de nossa condições se tornou competitiva, trabalhamos muito dentro e fora de campo, fossem com palestra, fossem com trabalho de campo, trabalhamos muito para que chegássemos as nossas classificações com antecedência, realmente, também foi uma surpresa pra mim a minha demissão naquele momento, na verdade não gosto de falar desse assunto, já passou foi algo que tive que passar, pois me ajudou muito a crescer um pouco mais, se interferiu ou não com a eliminação nas quartas de finais, só Deus sabe.
FN: Provavelmente a FPF mantendo o mesmo regulamento, o Afogados será um dos adversários na 1ª fase, neste jogo haverá algum tempero especial?
CF: Não, o Afogados será outra grande equipe que dentro do grupo buscará a sua classificação, conheço o presidente do Afogados, sei o quanto ele gosta do clube, o quanto ele é dedicado, com certeza o clube virá forte, más, não existe isso de tempero especial, pois haverá outras equipes que da mesma forma irão se preparar para essa competição e merecerá toda a nossa dedicação para supera-los.
FN: Não existe magoa por tudo que aconteceu?
CF? Não, o que existe é gratidão, pois confiaram em me dar o comando técnico de sua equipe justamente no seu primeiro ano de profissional, afinal a campanha que realizamos ano passado consolidou a minha vinda para um clube da grandeza do Araripina Futebol Clube.

FN: Como está o planejamento do Araripina para a atual temporada?
CF: Em andamento, cada um fazendo a sua parte, o presidente buscando os recursos, para que possamos ter as melhores condições de trabalho e nós estamos fazendo a nossa parte que no momento e observando muitos jogos, garimpando possíveis atletas que poderão fazer parte do nosso grupo, vamos por parte, respeitando o cronograma, não adianta entrarmos em campo sem estrutura e sem atletas. FN: O senhor considera o Araripina favorito ao acesso?
CF: A história do clube por si só o qualifica como um dos favoritos, más, favoritismo se faz dentro de campo, e é assim que iremos trabalhar para que este favoritismo se concretize em realidade juntamente com os clubes que virão fortes.
FN: Qual equipe que você ver que pode ser uma das favoritas?
CF: Todas aquelas que fizeram um bom planejamento e trabalharem seriamente para que este planejamento seja realizado com eficiência, essa competição até mesmo por ser sub-23 nivela muito todas as equipes.
FN: Haverá uma nova surpresa como foi o Afogados ano passado?
CF: A competição é muito nivelada, ano passado mesmo quem subiu foram equipes que ninguém apostaria que seriam as que conseguiriam o acesso, estas equipes tiveram altos e baixos e mesmo assim acreditaram no trabalho que estava sendo feito e o resultado foi o tão sonhado acesso.
FN: Professor, pelo que já foi mencionado pelo senhor em outras entrevistas, és conhecedor da grande torcida do Araripina, o que o senhor pode dizer a esta torcida neste momento? 
CF: Que acreditem, incentivem, não será fácil, porém com certeza com a união de todos, poderemos conquistar o nosso objetivo, sempre irá existir algumas etapas que a compreensão da torcida será determinante no andamento e fortalecimento do trabalho.
FN: O senhor pretende trazer jogadores de sua confiança?
CF: todos irão ser de confiança, independente de haver ou não trabalhado comigo em outros clubes, más respondendo se vai haver jogadores que já trabalhou comigo, sim pretendo.
FN: Professor muito obrigado pelo tempo dedicado em nos responder algumas questões que com certeza muito esclarecedora.
CF: Eu que agradeço a oportunidade e estamos sempre à disposição.
Amigos leitores, com essa entrevista conhecemos um pouco do pensamento do novo treinador do Araripina, aquele que chega para o Araripe com a força da juventude e experiência de sua vivencia para levar o grande Araripina para a primeira divisão do futebol Pernambucano. Fonte: Futebol nordeste/ Portal Esporte Sabugi.

segunda-feira, 23 de março de 2015

FORTES REPRESENTANTES DO SERTÃO PERNAMBUCANO

Próximo ao fim do estadual série A1, aos poucos podemos ver algumas movimentações dos clubes visando a difícil série A2 do estado de Pernambuco. E um desses clubes é o Araripina Futebol Clube, forte equipe do Sertão Pernambucano, clube carinhosamente conhecido como o Bode do Araripe, tem uma das torcidas mais atuantes do estado Pernambucano, clube que divide as atenções e força com o organizado Salgueiro Atlético Clube. E o que estes dois clubes tem em comum além de serem equipes do Sertão de PE?

Adivinhou quem respondeu a origem de seus treinadores; Ambos os treinadores tiveram relativo sucessos nas divisões de base do Clube Náutico Capibaribe, com algumas conquistas e participações em competições importantes de nível nacional. Sergio China (Salgueiro), substituiu o Cleibson Ferreira (Araripina), no comando do Sub-20 do glorioso da Rosa e Silva, quando Cleibson aceitou o convite do Galícia E.C.


Boa parte do elenco principal hoje do Clube Náutico possui jogadores revelados por estes dois profissionais, jogadores que foram frutos da competência profissional destes profissionais e suas comissões. Treinadores da nova geração que abrem o difícil caminho no senário do futebol nacional, saber trabalhar com jovens valores tem sido a diferença destes treinadores, com equipe recheado de jovens valores, o Salgueiro faz uma ótima campanha na copa Nordeste.


O Araripina irá disputará a série A2 com um elenco em sua maioria com jogadores sub-23, competição que o Cleibson Ferreira conhece muito bem, pois fez uma excelente campanha afrente do estreante Afogados da Ingazeira FC. Perguntado sobre o que espera do Araripina este ano, Cleibson Ferreira respondeu: “Do Araripina posso falar que todos que estão vestindo a camisa, estão fazendo o possível para formar um grupo competitivo, uma equipe forte que honre a camisa e a história deste clube, até porque iremos disputar talvez uma das série A2 mais difícil que Pernambuco já teve”.


Tentamos contato com o Sergio China para perguntar o que ele espera do Salgueiro este ano, e até o fechamento dessa matéria não conseguindo contato, deixamos aos leitores a campanha do Salgueiro na Copa do NE como resposta, “Classificado para a segunda fase da Competição e uma competição regular no estadual da série A1 (5º no hexagonal do titulo)”. Com as campanhas das equipes do Sertão Pernambucano vem fazendo nestes últimos anos, acreditamos que o Araripina será um dos protagonistas desta série A2 e assim ser um dos fortes candidatos ao acesso. Desejamos sucesso ao China com o seu Carcará e ao Ferreira com o seu Bode do Araripe.


Fonte: Futebolarte, panorama esportivo e Portal Esporte Sabugi.

sábado, 21 de março de 2015

Novo técnico do Araripina planeja montagem do elenco para o PE-Sub23

Contratado em fevereiro pelo Bode, Cleibson Ferreira estava observando alguns jogos do Pernambucano. Em abril, ele estará em Araripina para ver jogadores da região

Por Araripina, PE
Cleibson Ferreira, técnico do Corintians-RN (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)Cleibson Ferreira está pensando na montagem do elenco do Bode (Foto; Arquivo pessoal/Cedida)
Contratado no início de fevereiro, o técnico Cleibson Ferreira está de olho em  jogadores que possam servir ao Araripina na disputa do Campeonato Pernambucano Sub-23, competição que garante vaga na elite do futebol estadual em 2016. Segundo o treinador, a comissão técnica e a diretoria não podem errar na montagem do grupo. 
- Estava avaliando os jogos do Pernambucano. Devido a competição ser sub-23, a gente não pode errar. Alguns jogadores nos agradam e são experientes, mesmo tendo a idade considera nova – explica o treinador. 
De acordo com  Cleibson, em abril ele deve estar em Araripina para observar alguns atletas na região. 
- Em abril eu pretendo estar na cidade para observar o que tem na região. Estamos mantendo tudo em dias. O presidente está correndo com a parte burocrática para deixar tudo em dias. 
Além disso, o treinador conta que tem jogadores que já trabalharam com ele e que podem defender o Bode na disputa do estadual. 
- Tenho alguns nomes, só que prefiro não dizer quais são. Mas tenho uns quatro ou cinco que já tive a oportunidade de trabalhar e que podem nos ajudar no Araripina. 
A previsão é que o Campeonato Pernambucano Sub-23 comece no dia 20 de julho. 
Fonte: Globoesporte.com

quinta-feira, 19 de março de 2015

Barcelona 1x0 City, jogo de apenas um gol, pois o talento foi muito mais além dos gols.



Um grande jogo apesar do placar magro (1x0), o jogo foi muito bom de ser visto e estudado, uma grande atuação do goleiro do City (Hart), a sua atuação evitou o placar ser de acordo com o futebol praticado pelo Barcelona.
Pois foram duas grandes atuações; do Goleiro do City e da equipe em si do Barcelona, em especial do Leonel Messi, que fez uma partida impecável.
A movimentação do trio de atacante do Barcelona e mais as subidas com qualidade da sua dupla de volantes Rakitic e Iniesta, sempre deixando o Barcelona mais versátil na sua saída de bola muitas vezes chegando para finalizar, como foi o que ocorreu neste jogo fazendo o gol da vitória (Rakitic).
A deficiência do Barcelona justamente na bola aérea sempre vem sendo bem trabalhada pelo clube no momento que eles sabem a sua limitação e assim mantem a maior parte do jogo com a bola em seu poder.
Ter um ataque rápida, que se movimenta muito facilita o trabalho para um meia diferenciado como Leonel Messi que sempre vem de trás em velocidade deixando muitas vezes seus companheiros em situações de definir ou mesmo chegando para finalizar .
Este trio sul-americano vem fazendo a diferença, Barcelona fazendo valer o seu dever de casa e seu talento individual transformando o coletivo muito forte.
Cada vez mais o barcelona deixa de utilizar de forma mais constante as subidas dos laterais para manter um linha de 4 defensores e assim dando mais liberdades para jogar com os seus volantes e meias atacantes fazendo estes jogos de profundidades.
Mais um grande jogo para se analisar diferentemente de outros jogos, o placar foi o que menos chamou atenção.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Infelizmente uma realidade : Escravos da bola: a história de jogadores explorados pelo futebol



Escravos da bola: a história de jogadores explorados pelo futebol

Esqueça o universo paralelo de Neymares e Ronaldinhos. A maioria dos jogadores brasileiros ganha mal — quando recebe —, enfrenta condições precárias de trabalho e é refém de uma atividade que explora a troco de ilusões

Por: Breiller Pires, da PLACAR

Os escravos da bola
Os escravos da bola | Crédito: Renato Pizzutto
Aos 43 do segundo tempo, o baiano Kemerson, 21, realiza um sonho no agreste sergipano. Ele substitui o meia Fernando, dá três toques na bola e não evita a derrota do seu time para o Santa Cruz. Mas aqueles 5 minutos bastam para enchê-lo de orgulho. O zagueiro pode dizer aos parentes de Feira de Santana que já disputou a segunda competição mais importante do país, a copa do Brasil. O entusiasmo, entretanto, logo se transforma em frustração. Sem dinheiro e sem comida, não havia mais como permanecer no casebre que abrigava quatro jogadores por cômodo. Dois meses depois de sua façanha pessoal, Kemerson deixou o Lagarto.
Nem o motim liderado pelos colegas que se recusavam a treinar enquanto não recebessem os dois meses de salários atrasados evitou o desfecho de sua aventura em Sergipe. Hoje ele desbrava o interior de Goiás e se prepara para a segunda divisão do campeonato estadual com o América de Morrinhos. Ainda não recebeu os cerca de 2,000 reais que o Lagarto lhe deve. “Quando me ligaram, prometeram mundos e fundos. No fim, quase passei fome”, conta o defensor. A história de Kemerson se cruza com a de grande parte dos mais de 20.000 jogadores profissionais do Brasil. Eles raramente aparecem na TV, não trabalham com carteira assinada nem ostentam contas bancárias de sete dígitos. São os operários explorados pelo futebol.

O zagueiro baiano nunca teve carteira assinada e tenta a sorte no América-GO
O zagueiro baiano nunca teve carteira assinada e tenta a sorte no América-GO | Crédito: Carlos Costa
FOME, FADIGA E AGONIA
Propriá está a 160 quilômetros de Lagarto. É lá que fica a sede de outro América, bicampeão sergipano. Em 2013, um ano antes do martírio de Kemerson, o atacante Murilo, 22, desmaiou de fome assim que o time saiu de campo derrotado pelo Confiança. Na noite da partida, o clube, que devia um mês de salário ao elenco, não teve verba sequer para bancar o jantar da delegação. Profissionais de imprensa que cobriam o jogo ofereceram biscoitos recheados aos jogadores do América. “A alimentação não era adequada. Corri muito em campo e chegou uma hora em que eu não sentia mais o corpo”, diz Murilo, que atualmente trabalha carregando sacos em Ourinhos, interior de São Paulo, enquanto aguarda uma nova oportunidade. Ele saiu do América após travar o pé no torrão de areia do gramado esburacado em um treino e ouvir o estalo da perna esquerda quebrando.

Murilo passou mal depois de jogo pelo América-SE
Murilo passou mal depois de jogo pelo América-SE | Crédito: Revista Placar
Jogadores de outros estados chegaram ao América por um salário mínimo, mas, com a queda para a segunda divisão, receberam apenas parte do combinado. Thiago Bento, 24, ex-companheiro de Murilo, desabou de Arapiraca, Alagoas, com a esperança de deslanchar. Acabou sofrendo a segunda desilusão da carreira. Em 2011, havia arcado com a passagem para percorrer mais de 2.300 quilômetros rumo ao Cotia, da quarta divisão paulista. Dois meses venceram, nenhum centavo pingou em sua conta, e ele decidiu ir embora levando na bagagem um cheque (sem fundos) de 1.600 reais. “Jogador sofre demais”, afirma. Desempregado no futebol, o zagueiro faz bicos como servente de pedreiro.

Thiago Bento está sem clube
Thiago Bento está sem clube | Crédito: Cláudio Lima
Maycon Gaudencio, 24, jogou no América de Propriá em 2012, quando o time subiu para a primeira divisão. Abandonou o emprego em ummercado da cidade para assinar seu primeiro contrato. Em vez de ganhar um salário mínimo por mês, embolsou apenas 300 reais ao fim do campeonato. “Passo difculdade, não tenho casa, minha mulher está grávida. Esse dinheiro me faz falta”, diz o lateral. Situação que o experiente goleiro Carlos Henrique, 34, aprendeu a administrar ao longo da carreira. Ele jogou em praticamente todos os times profissionais do Piauí, até mesmo nos tradicionais River e Flamengo. Levou calotes na maioria deles. “É perda de tempo cobrar na Justiça. Os clubes não têm como pagar.”
Com duas décadas de rodagem, Carlos Henrique achou que já tinha visto de tudo até jogar o Piauiense de 2014 pelo Caiçara. “Nunca recebi um tostão lá.” No alojamento, cama era artigo de luxo. Jogadores dormiam em redes ou colchonetes esparramados pelo chão. Tomar banho, só de cuia. Não havia chuveiros nem material de treino apropriado. “Um negócio desumano”, afirma Vasconcelo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Atletas do Piauí, que apresentou denúncia à Procuradoria Regional do Trabalho. Os atletas, porém, se recusaram a assinar o requerimento, e a investigação não foi adiante. “Eles têm medo de retaliações e de ficarem queimados no meio.” Apesar de ter terminado em último lugar, o clube segue na primeira divisão piauiense este ano.

Na concentração do Caiçara, de Campo Maior, atletas dormiam em redes e colchonetes
Na concentração do Caiçara, de Campo Maior, atletas dormiam em redes e colchonetes | Crédito: Revista Placar
Em times como Lagarto, América e Caiçara, dirigentes costumam intimidar atletas para abafar atrasos de salários. Alguns jogadores relatam já ter ouvido ameaças como “Vou acabar com sua carreira” e “Não joga mais em lugar nenhum” ao reivindicarem seus direitos. A coação é tão banalizada quanto as fraudes trabalhistas. No início do ano, o Sindicato do Piauí enviou um ofício à Superintendência do " trabalho e emprego"  propondo fiscalizações em oito clubes do estado, incluindo os seis da divisão principal. Além de dívidas e condições laborais degradantes, nenhum deles faz anotação em carteira. Geralmente com baixa escolaridade, poucas alternativas no mercado e movidos pelo sonho de ascender ao restritíssimo escalão que amealha cifras milionárias com as chuteiras, jogadores são reféns de uma profissão que reprime e explora.
“Minha vida sempre foi na estrada, viajando atrás da bola. Não tive tempo de estudar”, diz Kemerson, que largou a escola assim que concluiu a 8ª série. “Apesar das difculdades, não vou desistir do futebol.” O estigma por não vingar na carreira também contorna o cenário de indigência do ofício. O advogado João Henrique Chiminazzo, especialista em direito esportivo, explica o círculo vicioso que pode recair sobre jogadores presos a clubes mal-estruturados e devedores. “O atleta que sai de um time sem receber acaba aceitando contratos ainda mais absurdos para tentar sobreviver. E nada garante que eles serão cumpridos.” De acordo com Alex Garbellini, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), o número de violações trabalhistas em clubes de futebol tem aumentado. Casos extremos tornam latente o sucateamento da profissão. “Jogadores sem salário, sem comer direito, à beira do amadorismo, são o exemplo clássico da escravidão contemporânea.”

O pé de obra nacional
O pé de obra nacional | Crédito: Revista Placar
A BASE DA PIRÂMIDE
Clubes grandes também agonizam. Recentemente, os elencos deBotafogo e Santos ameaçaram fazer greve por causa de seguidos atrasos de pagamento. Na Portuguesa, atletas como Valdomiro, 36, contabilizam sete meses de salário a receber. “Futebol é uma ilusão. Na verdade, é uma máquina de explorar jogadores”, diz o zagueiro, que só tem conseguido pagar as contas e até emprestar dinheiro a colegas mais jovens graças às economias que juntou em seus seis anos no exterior.
Assim como ele, pelo menos outros nove do elenco se queixam da falta de pagamentos prolongada. A diretoria lusitana, que reconhece as dívidas, quitou os salários de janeiro, já que o regulamento do Campeonato Paulista prevê, em todas as divisões, a perda de pontos de equipes que não pagam em dia. A regra, no entanto, tem se mostrado inefcaz. Além da Portuguesa, Grêmio Barueri, São José e Marília, que acumula três meses de salários atrasados, estão inadimplentes em 2015. Denúncias dependem de representação formal dos atletas no sindicato e, até agora, nenhum clube foi punido.

Valdomiro teve salários atrasados na Lusa
Valdomiro teve salários atrasados na Lusa | Crédito: Renato Pizzutto
Somente no Ministério Público do Trabalho de Campinas correm 23 processos contra times da região, 18 a mais em relação há quatro anos. Em todo o Brasil, o MPT registra 917 procedimentos envolvendo fraudes trabalhistas e violações de direitos dos jogadores desde 2002. Alguns estados, como Piauí, Sergipe, Acre, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, vivem situação crônica de atrasos salariais, onde praticamente todos os clubes operam no vermelho. Também há casos de camisas tradicionais atoladas na crise, a exemplo de Guarani, Paraná Clube e Vila Nova. O goleiro Marcelo Pitol, 32, cobra na Justiça cinco meses de salário referentes a sua passagem pelo time goiano em 2013. Não é a primeira vez que ele protagoniza um litígio trabalhista. Levou cinco anos para receber uma dívida do Náutico e outros cinco para entrar em acordo com a falida Ulbra, de Canoas (RS).
“Jogar e não receber afeta o rendimento”, diz o goleiro, que carrega os escudos de 19 clubes no currículo e hoje defende o Aimoré-RS. “É duro ir treinar e ver jogadores pedindo dinheiro emprestado. Se for mal em campo, aí que o dirigente não paga mesmo.” A demora para receber na Justiça é cruel com jogadores da parte mais baixa — e extensa — da pirâmide. Dependendo do clube, eles são obrigados a pagar do próprio bolso custos de até 2.000 reais para se inscreverem nas federações. Rescisão de contrato sem justa causa, então, é infortúnio ainda maior. Demissão no futebol raramente assegura benefícios típicos de todo trabalhador. É praxe na maioria dos clubes devedores não recolher o fundo de garantia e o INSS, apesar de a contribuição muitas vezes ser descontada no salário dos jogadores. Com isso, sobretudo se não tiverem anotação do vínculo na carteira de trabalho, eles enfrentam dificuldade para usufruir do seguro-desemprego. Advogados podem arrolar o benefício em eventuais ações judiciais, mas, como o processo contra clubes costuma ser longo, o atleta precisa se virar até fechar um novo contrato.

Pitol também sofreu com salários atrasados
Pitol também sofreu com salários atrasados | Crédito: Edison Vara
SEM UNIDADE
O Rio Grande do Sul é o único estado que estabeleceu um piso salarial para a classe: 1.000 reais. Não raro, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, jogadores treinam e jogam o mês inteiro para receber menos que um salário mínimo (788 reais). “Estamos preparando uma convenção nacional em abril para instituir o piso e outras medidas  importantes em todos os estados”, diz o presidente nacional do Sindicato dos Atletas, Rinaldo Martorelli. Outro problema enfrentado pelos jogadores em clubes pequenos é a falta de um calendário anual de jogos. “Só conseguimos contrato de quatro, cinco meses para disputar Estaduais. Quem não joga em clube grande corre o risco de ficar o resto do ano parado”, afirma Pitol. O caminho para socorrer os nanicos é árduo. O Bom Senso F.C., movimento encabeçado por atletas experientes, exige campeonatos mais abrangentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Rompido com o sindicato, o grupo diverge da entidade em questões-chave como a proposta de aposentadoria para os jogadores e a Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê a criação de uma agência reguladora para fiscalizar e punir clubes em inadimplência. O projeto depende de aprovação no Congresso Nacional. Enquanto isso, dirigentes de Caiçara e América de Propriá, que está inativo desde o ano retrasado, não foram encontrados para comentar os casos de exploração dos jogadores. Aloísio Andrade, presidente do Lagarto, afirma que a antiga gestão foi responsável pelos calotes e que tem tentado acertar as dívidas com atletas que deixaram o time. Kemerson segue à espera de um contato, uma chance em clube grande. Ou ao menos de ser tratado como jogador de futebol, um trabalhador, não como mercadoria.
OSSOS DO OFÍCIO
Existem alguns pontos que diherem o boleiro profissional do trabalhador comum
Jornada de trabalho
Enquanto a maioria dos trabalhadores formais tem carga horária fixa por semana, a jornada do atleta de futebol é flexível. A duração dos treinos varia de acordo com o técnico e, como os jogos acontecem à noite ou em fins de semana, não há pagamento de horas extras.
Equiparação salarial
A remuneração não é definida conforme a função. O atacante de clube pequeno recebe menos que o de clube grande, assim como no mesmo elenco podem conviver um zagueiro que ganha 100.000 reais e outro, 1.000.
Tempo de contrato
O vínculo de jogadores com os clubes tem duração pré-estabelecida. eles raramente recebem seguro-desemprego, a não ser que a equipe rompa o acordo antes do término. Nesses casos, podem perder o benefício se o empregador não tiver recolhido INSS.
Férias e descanso
Jogador não tem direito a vender parte das férias nem de fracioná-las. Previstas em contrato, elas devem coincidir com o período de encerramento da temporada. A folga remunerada semanal difcilmente é concedida no fim de semana, por causa dos jogos.
ATAQUES À PROFISSÃO
Como os clubes têm violado os direitos do jogador de futebol
Direito de imagem
Em vez de pagar o salário integral em CLT, dirigentes atrelam a remuneração aos direitos de imagem do jogador, que, em tese, deveriam ser utilizados pelo departamento de marketing. mas a artimanha serve para eximir o clube de encargos trabalhistas. Jogadores de times grandes, como Fred, do Fluminense, recebem mais direitos de imagem que o salário em carteira. O clube carioca deve 4 milhões de reais ao atacante por ter atrasado quase dois anos o pagamento da imagem.
A lei do calote
Se o clube deixa de pagar os vencimentos ou recolher o fundo de garantia (FGTS) e INSS por três meses, o atleta pode rescindir o contrato de forma unilateral. Para não perder jogadores, times maiores adotam a prática de quitar o salário da CLT, geralmente um valor simbólico, e não pagar os direitos de imagem.
Escravidão moderna
Além de não honrar o pagamento de salários, clubes endividados e sem estrutura impõem condições de trabalho análogas à de escravo e colocam em risco a integridade física dos jogadores, sendo que muitos deles acabam sofrendo assédio moral e são até extorquidos por dirigentes.

Fonte: Revista PLACAR