quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Diego Costa marca, Atlético vence o Granada e volta a encostar no Barça

Atacante se desentende com rivais no fim e confusão segue após o apito final

Por Granada, Espanha
 
Em meio aos questionamentos sobre a escolha da seleção espanhola, deixando de lado a brasileira, o atacante Diego Costa pouco fala e muito faz o que melhor sabe: gols. Vivendo ótima fase, o jogador voltou a se destacar pelo Atlético de Madrid nesta quarta-feira ao marcar um dos gols na vitória por 2 a 1 sobre o Granada, em duelo válido pela 11ª rodada do Campeonato Espanhol. Os Colchoneros ocupam a segunda posição da competição com 30 pontos, um a menos que o líder Barcelona, que na terça superou o Celta por 3 a 0, e cinco a mais que o terceiro colocado Real Madrid.
Diego também mostrou seu lado mais solidário na partida. O artilheiro do campeonato está com 12 gols, um a mais que Cristiano Ronaldo, e poderia ter aumentado a vantagem sobre o português. O brasileiro, entretanto, deixou David Villa cobrar o pênalti que gerou o segundo gol e ainda lhe deu um tapinha nas costas para motivá-lo antes da cobrança - o atacante espanhol está crescendo na competição e fez três gols nos últimos dois jogos. No fim, Diego Costa também mostrou seu lado mais polêmico, ao se desentender com rivais até depois do apito final do árbitro.
Diego Costa comemoração jogo Atlético de Madrid contra Granada (Foto: Reuters)Diego Costa faz sinal de silêncio para a torcida do Granada (Foto: Reuters)


O visitante Atlético parecia jogar em casa. Miranda, aos 25 minutos do primeiro tempo, quase marcou de cabeça, mas estava impedido. Diego Costa dava trabalho, apesar da forte marcação. Aos 35 minutos, surgiu o primeiro gol. Villa recebeu na área pelo alto e foi derrubado por Mainz. Pênalti que o brasileiro cobrou e marcou. Na comemoração, o atacante fez sinal de silêncio para a torcida rival.
Na segunda etapa, os Colchoneros administraram o resultado, e a partida ficou feia, sem grandes emoções. O Granada até que buscou o ataque, mas esbarrou na forte defesa da equipe madrilenha. Aos 27, novo pênalti para o Atlético. Villa tentou driblar Murillo e foi derrubado. Desta vez, o camisa 9 pegou a bola para cobrar. Diego Costa se aproximou, o cumprimentou e deixou o espanhol ficar com os holofotes. Cobrança feita e vitória encaminhada.
No fim, o Atlético teve alguns prejuízos. Aos 44, o lateral Filipe Luis foi expulso por toque com a mão na bola. Acabou levando o segundo cartão amarelo. Um minuto depois, Ighalo diminuiu marcando de cabeça. Diego Costa quase colocou tudo a perder antes do apito final, ao se desentender com os defensores do Granada. Os ânimos seguiram exaltados até a saída para o vestiário, mas ninguém foi punido pelo árbitro.
Diego Costa comemoração jogo Atlético de Madrid contra Granada (Foto: Reuters)Diego Costa está honrando a disputa por sua nacionalidade com gols e bom futebol (Foto: Reuters)

Seedorf nega agenciar jogadores do Bota: 'Simplesmente tento orientar'

Meia alvinegro diz que não participa da venda de jovens e que conselhos são importantes: 'Uma escolha errada pode acabar com a carreira'


Por Rio de Janeiro
 
O meia Clarence Seedorf negou atuar como agente de jogadores do Botafogo e participar de negociações para a venda de jovens talentos da base. Em participação no "Redação SporTV", o holandês afirmou que apenas aconselha os companheiros, sem se envolver diretamente em decisões sobre transferência de atletas.
- O jogador jovem tem que sentir se ele está pronto ou não. Claro que tem o interesse. Mas saíram matérias dizendo que eu agencio, e eu não faço essas coisas. Simplesmente tento orientar os jogadores para a carreira. Uma escolha errada pode acabar com ela. São dez anos, 15 anos de carreira e tem que saber aproveitar - disse.
Seedorf Redação SporTV (Foto: Alexandre Sattamini SporTV.com)Seedorf ao lado de André Rizek e Tim Vickery no Redação SporTV (Foto: Alexandre Sattamini SporTV.com)
O jornal "Extra" publicou reportagem em agosto sobre o relacionamento de Seedorf com os jogadores no Alvinegro, destacando um certo desconforto por parte do elenco em relação ao assédio do meia aos mais jovens.
 
Segundo o diário, Fellype Gabriel, que deixou o Botafogo para defender o Sharjah, nos Emirados Árabes, passou a ter sua carreira gerida por uma empresa que possui Seedorf como embaixador e líder de um projeto de captação de clientes.
Seedorf afirmou que nem sempre a mudança para a Europa é positiva para o atleta. O meia disse acreditar no desenvolvimento do futebol brasileiro para tornar o país mais atrativo para seus talentos e citou os exemplos de ex-jogadores do Alvinegro, como Vitinho, que se mudou para o CSKA, da Rússia, e Jadson, que está na Udinese, da Itália.
- O Vitinho está no banco. O Jadson acho que ainda nem atuou na Itália - disse.

Perfil: da caçamba do caminhão à beira do campo, os 50 anos de Dunga

Treinador completa meio século de vida nesta quinta-feira entre dores e conquistas, vitórias e derrotas, mágoas e agradecimentos


Por Porto Alegre
 
No futebol ou fora dele, Dunga gosta de tudo no papel. Qualquer pedido de entrevista deve ser feito por escrito. Identificando o jornalista, o tema da pauta e o tempo estimado de conversa. As negociações de investimentos, sejam de imóveis ou postos de gasolina, ramos escolhidos para construir patrimônio, mesmo na fase inicial, são documentadas. Chega ao ponto até de preferir escrever mensagem de texto ao falar pelo celular. Dunga chega aos 50 anos assim: desconfiado.
Assumir a responsabilidade é outra característica marcante do ex-volante, capitão do tetra da Seleção e atual treinador de futebol desempregado. Nas piores crises, jamais joga a culpa em alguém. Foi assim na Copa de 1990, na qual o fracasso brasileiro foi batizado de "Era Dunga". Repetiu o feito na queda, como comandante, 20 anos depois, no Mundial da África do Sul. Nem no Internacional, primeiro e último clube no qual assumiu o vestiário, demitido no começo deste outubro de 2013, mudou. "É tudo comigo", costuma repetir. Mesma personalidade no dia a dia. Se assume um compromisso, o cumpre. E, nos que precisa se encontrar com alguém, o faz sempre com 15 minutos de antecedência. Dunga chega aos 50 anos assim: leal.
Mosaico Dunga carreira de jogador (Foto: Editoria de Arte)Dunga começa a jogar futebol na caçamba de caminhões, é dono da bola no colégio e tem percalços até virar profissional e encarar carreira de conquistas e também de decepções (Foto: Editoria de Arte)
Ter tido a experiência de morar a trabalho na Itália, na Alemanha e no Japão não mudou este filho de Ijuí, cidade pequena, não mais de 100 mil habitantes, ao norte do Rio Grande do Sul, distante 402 quilômetros de Porto Alegre. Ele mantém o jeito dos tempos de Ouro Verde, time amador do município natal, de Inter, Pisa, Fiorentina e Pescara, de Stuttgart e de Júbilo Iwata. Adora contar piadas. Fala com todos, sem distinção. Não vive sem churrasco e chimarrão, que costuma tomar com Bigode, o segurança da rua onde mora na capital gaúcha. As caminhadas pela vizinhança são feitas de chinelos, mesmo fardamento ao arrumar o jardim da casa. E, claro, tem o sotaque carregado de ‘r’, com fama de grosso - não é xingamento - do interior, com respostas curtas, firmes e invariavelmente duras. Dunga chega aos 50 anos assim: simples.
Ser líder parece o destino de um menino que sempre teve o sonho de ser jogador de futebol. E que, para alcançá-lo, precisou de empenho. Começou jogando bola nas caçambas de caminhões cujos motoristas paravam para assistir aos jogos do campeonato amador de Ijuí. Nele, teve o exemplo do pai Edelceu, maior artilheiro da região, com 155 gols. Precisou superar a mudança para a cidade grande, os problemas de excesso de peso na base do Inter, a falta de chances (apesar das constantes convocações para as seleções inferiores), o rótulo de brucutu vestindo a amarelinha principal e, na volta ao clube do coração, antes de se aposentar, o posto de reserva até salvar o time do rebaixamento no Brasileirão em 99. Ele não aceita que pairem dúvidas sobre a sua capacidade. Vive para mostrar ter condições. Dunga chega aos 50 anos assim: determinado.
Estar no ápice da vida pessoal – é casado com Evanir e tem três filhos, Gabriela, Bruno e Matheus – e da profissional – são 12 títulos como jogador e três como treinador – não o faz ser individualista. Sempre que pode, ajuda o próximo. Desde um autógrafo, uma foto. Gosta mesmo é de dar palestras motivacionais, especialmente a crianças carentes, mostrando que é possível construir uma trajetória de sucesso. Não é à toa que virou o idealizador de um projeto social, na periferia de Porto Alegre, que, passados pouco mais de dez anos, atendeu mais de 5 mil meninos e meninas. Dunga chega aos 50 anos assim: solidário.
Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, ao completar cinco décadas de vida nesta quinta-feira, é um homem multifacetado. Não é só o desconfiado das relações com os jornalistas: é o leal no relacionamento com os seus. É simples, mas não simplório. Corre atrás dos sonhos. E não esquece de ajudar. Quem quer que seja. É impossível entendê-lo analisando apenas um aspecto da sua vida. Pública ou privada. Dunga é, como todos, formado por uma série de eventos/situações/experiências. E delas chegou aonde chegou.
O início
Tudo começou por Ijuí. Pela família. A mãe Maria, professora, e o pai, Edelceu, jogador de várzea, sempre primaram pela educação dos filhos – há a irmã Rejane, igualmente dedicada a ensinar crianças. Só com os estudos em dia poderia se dedicar à bola, a grande paixão. Conseguia. Afinal, o boletim só tinha a cor vermelha na disciplina de Educação Artística. Mas não foi fácil. O estilo teimoso e brigador o prejudicava desde cedo. Era o único menino na Escola Rui Babosa que tinha uma bola. Quando se irritava com algo, a pegava e dava fim ao jogo. A ex-diretora do colégio Helinita Lopes, então, teve uma ideia: lhe deu a missão de comandar a equipe dente de leite da instituição. A responsabilidade o acalmou. Um pouco, claro.
- O apelido Dunga foi uma das coisas mais erradas da vida dele. Tinha de ser Zangado mesmo – conta Fernando Otto, atual empresário de jogadores e amigo de Dunga "desde sempre".
A dupla convivia à tarde, afinal, estudava pela manhã – em colégios diferentes. Passava muito tempo junta. Otto acompanhou o "segundo" batismo de Carlos Caetano - a segunda palavra do nome composto era uma referência ao avô paterno. Emídio Perondi, ex-presidente da Federação Gaúcha de Futebol, amigo de Edelceu, virou padrinho do menino. Viu os primeiros chutes dele no Ouro Verde, time amador de Ijuí. E lascou:
- Ele tem as coxas coladas. É carrancudo por isso. Disse que parecia o Dunga, até por ser pequeno. Pegou.
Perondi demorou a ter certeza do sucesso do afilhado. Ficou, na sua definição, ‘decepcionado’ com as primeiras observações. Temia que os Verri estivessem perto do fim no futebol. A lembrar: Caetano Verri, avô de Dunga, foi goleiro do Grêmio Foot-Ball Ijuhyense. Teve seis filhos, todos jogadores: Carlinhos, Waldemar (Bica), Dari (Marimba), Getúlio (Bugio), Edgar (Dega) e Edelceu, o pai de Dunga, que morreu há pouco mais um ano, aos 71. Edelceu iniciou e encerrou a carreira no São Luiz, equipe que atualmente disputa o Gauchão. Chegou a jogar pelo maior rival, o Gaúcho. Ao marcar um gol contra seu clube do coração, levou as mãos à cabeça, perplexo. Ademar Campos Bindé, jornalista e historiador, escreveu sobre o futebol da cidade no livro "A história do futebol em Ijuí". Criou a expressão "Dinastia Verri".
- Duvido que exista outra família no mundo que tenha tantas pessoas ligadas ao futebol – opinou Bindé, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, em março.
Mosaico Dunga carreira de técnico (Foto: Editoria de Arte)Dunga em família e no período como técnico do Inter em 2013 (Foto: Editoria de Arte)
O treinador Vardir Aguirre, falecido, comandou Dunga no Ouro Verde, clube no qual foi campeão metropolitano em 1980, aos 16 anos. O definia como "volante aguerrido e com excelente vigor físico". Pediu a Perondi, influente político da região (era prefeito da cidade), que conseguisse uma chance em um clube maior. A consulta à família ganhou o "OK". E lá foi o padrinho batalhar um lugar no Inter.
O jogador chegou dois anos depois ao Beira-Rio. O treinador Abilio dos Reis implicava com o peso de Dunga. Luiz Carlos Winck, ex-lateral colorado e da Seleção, era contemporâneo. Acompanhou de perto. Virou amigo, afinal, também viera do Interior – é de Bento Gonçalves.
- Não era gordo, mas tinha muita massa. Lembro que eu era volante, ele meia direita. Formávamos o meio. E o Seu Abilio acreditou na gente. A dificuldade de adaptação era enorme. Mas sabíamos das nossas responsabilidades, dos nossos sonhos. Deu certo – recorda Winck.
Coloca um prego nas mãos, ora!"
De Dunga para o goleiro Gilmar nas Olimpíadas de 1984, após ele soltar uma bola
Os meninos moravam nos alojamentos dos Eucaliptos, antigo estádio colorado, que hoje deu lugar a empreendimentos residenciais. Foi a partir da primeira experiência profissional que Dunga virou o Dunga que se conhece hoje. O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, 54 anos, portanto, mais velho, foi seu companheiro e amigo no time de cima do Inter. Mas é um episódio nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, no qual o Brasil foi representado pelo Inter, que identificou o líder que se formaria. Um líder detalhista, chato.
- Ele nunca deixava os colegas relaxarem. Peguei um cruzamento, mas a bola quase escapou. Ninguém percebeu. Menos ele, que gritou: "Coloca um prego nas mãos, ora!". Dunga é assim: líder e detalhista – lembra Gilmar, atualmente empresário.
A medalha de prata, embora a decepção, rendeu frutos. Dunga, àquela altura no Corinthians (defenderia ainda Santos e Vasco), se manteve na Seleção. Foi titular na Copa de 1990, na Itália, na qual Sebastião Lazaroni inovou com o esquema 3-5-2. A derrota nas oitavas de final para a Argentina, com gol de Caniggia, em grande jogada de Maradona, na qual driblou Dunga, o marcou (recorde no vídeo ao lado). Rendeu o título de "Era Dunga". Aquela era em que a marcação era privilegiada em relação à qualidade técnica.
Nei Oliveira, cabeleireiro de Dunga e idealizador do Trianon, uma equipe formada por jogadores famosos que se exibia pelo interior gaúcho arrecadando donativos, foi recebê-lo no aeroporto em Porto Alegre após a derrota. Viu o homem que define como "filho" abatido. Sentindo-se injustiçado pelas críticas. E deu um recado: era incompreendido.
- Dunga sabe muito de bola. Ele é simples no campo, como na vida. Desarmava, lançava e jogava curto. Como poucos. Só não tinha velocidade. Este estilo foi interpretado como grosso. Mas é um craque: só ver o que conquistou.
O apoio dos amigos e familiares ajudou, claro, mas não fechou as marcas das feridas causadas pela crítica. Não há quem não diga um pouco de como ele lidava com a situação.
- Todos perderam, mas só um foi apontado como culpado. Não entendo isso até hoje – comparou Gilmar.
- Tinham outros jogadores na jogada. Mas tem gente que só viu o Dunga. E mesmo assim ele não culpou ninguém – completou Nei.
- Foi perseguição. Mas ele assumiu a bronca. E se dedicou a mostrar que estavam errados – encerrou Wink.
- Ele não foi culpado. Foi o Alemão (outro volante) – opinou Perondi.
Tal assunto gerou lendas. Uma delas diz que Dunga guardava em casa recortes de jornais e revistas com críticas da época. As lia em momentos de busca de superação. Mas o que mudaria a história seria mesmo o trabalho em campo.
A volta por cima
Copa de 1994. Nos Estados Unidos. O Brasil há 24 anos sem ganhar. E Carlos Alberto Parreira adotando marcação. Deixando o jogar bonito de lado. Mesma tática fracassada de Lazaroni. Dunga não era o capitão, posto de Raí. Assumiu a braçadeira naturalmente durante a competição. Era líder nato. Tudo começou com a missão de "controlar" Romário. Eram colegas de quarto na concentração. Mas as críticas não cessavam. E o grupo se fechou.
- A imprensa brasileira pegou pesado. Demais. Nós sabíamos o que estava acontecendo. Parreira e Zagallo (auxiliar técnico) nos conduziram bem. E o Dunga, com toda a experiência da Copa anterior, soube nos liderar. Era o nosso exemplo. Depois da vitória contra os EUA (nas oitavas de final), sentimos que poderíamos ser campeões. E ele explodiu na final – destacou Gilmar.
A explosão foi na corrida para ir bater o pênalti no desempate com a Itália.

- Dunga sentia um contêiner nas coisas - disse Gilmar.

- Qualquer um poderia errar, menos eu - desabafou Dunga a Gilmar no vestiário do Rose Bowl, em Pasadena.

E, de acordo com o ex-goleiro, disse as seguintes frases com a taça na mão, endereçadas à imprensa, especialmente à TV Bandeirantes e aos jornalistas Eli Coimbra e Juarez Soares:
- Está aqui. É para vocês. Isso ninguém nos tira.
Frase, claro, editada. Sem os palavrões (veja no vídeo acima).
O exemplo de sucesso foi lembrado por Ricardo Teixeira para reerguer a Seleção após o fracasso de 2006. O ex-presidente da CBF consultou o amigo Perondi. Dunga nem acreditou quando foi escolhido.
- Eu batalhei por ele. Não acreditou na escolha. Mas tinha certeza do sucesso – lembra Perondi.
Ele não aceita a injustiça. E, por isso, perde a cabeça"
Nei Oliveira, amigo de Dunga
Tal relação em 90 e 94 o deixou desconfiado com a imprensa. Foi por isso que no Mundial de 2010 isolou o grupo. Impediu a realização de entrevistas exclusivas. Fechou muitos treinos. Queria distância. Ficou irritado inclusive quando o médico José Luiz Runco foi prestar auxílio a uma jornalista que estava gripada. E perdeu a linha na coletiva pós-vitória sobre a Costa do Marfim ao xingar o jornalista Alex Escobar, da TV Globo. Pediria desculpas depois.
- Ele não aceita injustiça. E, por isso, perde a cabeça. Sabe disso. Falamos, mas é o jeito dele - comentou Nei Oliveira.
A reação popular, em Porto Alegre, no desembarque no Salgado Filho após a queda para a Holanda, deu a Dunga a certeza de que o trabalho havia sido bem feito. Otto foi buscá-lo. Viu o amigo ser ovacionado. O motivo?
- Dunga erra, claro, mas é sempre sincero. Ele sempre respeitou o país. E o torcedor. Soube ser ídolo.
Mesma atitude no retorno ao Inter em 99. Teve problemas em campo, como os dribles desconcertantes de Ronaldinho Gaúcho, na época surgindo no Grêmio, na final do Gauchão. Depois, de relacionamento com o treinador Emerson Leão. Foi dar a volta por cima na última rodada do Brasileirão, ao marcar o gol da vitória sobre o Palmeiras, de Felipão, e livrar o time do rebaixamento (reveja no vídeo ao lado). Glória. Reconhecimento. E nenhuma palavra de reclamação.
- Dunga não reclama. Ele tenta mostrar que as pessoas estavam erradas – resumiu Gilmar.
Foi o que aconteceu em 1998. A gestão do presidente Jarbas Lima não queria mais Dunga. Alegava alto salário. Chegou a mostrar, em ato de desespero, um cofre vazio na sala da presidência. O debate sobre a rescisão ganhou os jornais. Dunga doou toda o dinheiro da multa a entidades assistenciais. Decisão anunciada em coletiva.
A ideia o fez criar o Instituto Dunga. Em parceria com a Associação Cristã de Moços, montou o Esporte Clube Cidadão, que atua na Restinga, bairro pobre de Porto Alegre. Já atendeu milhares de crianças.
- Dunga é especial. O lado dele no esporte, de desavenças, não nos interessa. O homem Dunga é muito superior a isso – resumiu Angela Aguiar, coordenadora da área de desenvolvimento social da ACM.
Agora, após a saída do Inter, marcada por problemas com a direção e alguns funcionários (a ponto de fazer uma limpa antes de iniciar o trabalho, pedindo a saída de pessoas em quem não confiava), tem mais tempo de ser este Dunga. Deixar fora o lado enérgico. Afinal, Dunga chega aos 50 anos assim: multifacetário.
Fonte: Globoesporte.com

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Atacante do Juventude marca o gol mais bonito da quinta rodada

Gol feito pelo jogador Preá, marcou a goleada de 4 a 0 do time de Dianópolis sobre o Alvorada. O lance recebeu 78% dos votos


Por Palmas, TO


 
Com 78% dos votos, o gol do atacante Preá, na goleada por 4 a 0 do Juventude de Dianópolis sobre o Alvorada, foi o preferido dos internautas e eleito o gol mais bonito da quinta rodada da segundona do tocantinense. Veja o lance ao lado.
O gol do atacante Lourival, que marcou a goleada fora de casa do Tocantins sobre o Atlético Cerrado, ficou com 23% da preferência dos internautas. Na última rodada, o atacante Lourival havia ficado com o gol mais bonito com 71% dos votos.
A segundona do tocantinense chegou a sua sexta rodada nesta terça-feira (29) com vitórias do Araguaína, Juventude, Atlético Cerrado e Escola Paraíso.

Assista o gol escolhido pelos internautas e os demais da goleada clicando aqui.

 OBS: Este jogo foi da quinta rodada, o jogo de ontem foi a sexta e ele marcou outro bonito e importante gol,

Mais uma vitoria fora de casa e mais uma vez por 4x0

Juventude comemora gol sobre o Imagine no estádio Nílton Santos (Foto: Vilma Nascimento/GLOBOESPORTE.COM)
(foto: Vilma Nascimento / Globoesporte.com)
 
Parabéns aos guerreiros que dentro de campo esqueceram os problemas e focaram no que se foi fazer.
 
Amigos venho falar aqui um pouco do jogo diante do imagine quem acha que foi um jogo fácil pelo fato do resultado de 4x0 fora de casa se engana, foi um jogo muito complicado, muita chuva, e jogadores cansado de uma viagem de aproximadamente 5 horas.
Ao final dos primeiros 45 minutos vencíamos por apenas 1x0, e não estávamos jogando bem, dávamos espaços desnecessários, e errávamos muitos passes.
No intervalo conversamos bastantes, mostrando os nossos erros e tentamos corrigir o posicionamento em campo, e graças a Deus deu certo, entramos mais atentos, e evitando entregar a bola ao adversário,  e ser mais objetivos.
Os jogadores entraram competitivo e essa foi a diferencia do primeiro e o segundo tempo.
A nossa equipe tem que melhorar muito para chegarmos ao que estamos pretendemos, mas devagar estamos evoluímos e esperando que a cada dia com essas evoluções a equipe vá passando de fases.
Sobre o caso dos pontos perdidos está entregue as mãos da diretoria e que eles resolvam esse problema já que temos como recorrer e recuperar os pontos. Estamos focado dentro de campo e vamos correr atrás dos pontos que restam e deixemos os que não entram em campo que resolva os problemas de bastidores, ou seja, a diretoria vai atrás dos pontos que ganhamos dentro de campo e que foi tirado fora dele.
 

'Walter vai deitar e rolar? Só se for no sofá', minimiza Enderson Moreira

Técnico brinca com declaração polêmica do atacante, refuta consequências diretas na partida e exalta rival da Copa do Brasil: 'Respeitamos muito o Fla'


Por Goiânia

 
Bombardeado com perguntas sobre o polêmico vídeo em que Walter afirma que irá 'deitar e rolar' contra o Flamengo nesta quarta-feira, às 21h50m, no Serra Dourada, Enderson Moreira respondeu a todas de forma serena e diplomática. No entanto, fez questão de deixar claro que reprova a atitude de quem vazou as imagens e guardou para uma conversa informal, logo após a entrevista coletiva, a melhor consideração a respeito do episódio "de mau gosto".
- Walter vai rolar e deitar? Contra o Flamengo? Só se for no sofá - brincou.
Enderson Moreira, técnico do Goiás (Foto: Guilherme Gonçalves/Globoesporte.com)Enderson Moreira: técnico foi diplomárico ao comentar vídeo (Foto: Guilherme Gonçalves/Globoesporte.com)
Logo em seguida, o treinador foi enfático ao ressaltar o respeito que o Goiás e o atacante têm pelo clube carioca, adversário na semifinal da Copa do Brasil.
- Tenho certeza que o Walter não pensa assim e respeita muito o Flamengo. Foi uma brincadeira de jogador, naquele momento deles. É o jeitão dele, às vezes muito inocente.
Cada treinador usa aquilo que é conveniente. Não preciso motivar meus jogadores com o que chamo de motivações baratas"
Enderson Moreira
Consequências?
Sobre a possibilidade de o episódio virar uma arma nas mãos de Jayme de Oliveira como uma ferrramenta para contagiar ainda mais o time do Flamengo, Enderson a refutou, apesar de admitir que tal estratégia é corriqueira nos bastidores do futebol.
- Cada treinador usa aquilo que é conveniente. Não preciso motivar meus jogadores com o que chamo de motivações baratas. Foi uma brincadeira, infelizmente de muito mau gosto de quem colocou isso na internet. Não reflete o que o Walter pensa, nem o que nós pensamos sobre o Flamengo. Tanto que usamos reservas contra o Náutico, justamente pensando nesse jogo.
 Repreensão
Um pouco mais duro que Enderson Moreira, Hugo foi explícito ao apontar o posicionamento do elenco esmeraldino. De acordo com o meia, o grupo de jogadores condenou a atitude, assim como o diretor de futebol Marcelo Segurado já havia feito. Principalmente em relação ao atleta que vazou as imagens na internet.
- O grupo não gostou. Aconteceu aqui dentro e não poderia ter vazado. A culpa nem é do Walter, mas de quem postou. O Flamengo vai vir mais mordido, assim como fiquei quando vi uma entrevista em que o Hernane falou que queria enfrentar o Vasco.
Hugo, meia do Goiás (Foto: Guilherme Gonçalves/Globoesporte.com)Hugo vê episódio como grave: 'Fla vai vir mais mordido' (Foto: Guilherme Gonçalves/Globoesporte.com)
 
Fonte: Globoesporte.com

Luxa lamenta situação e desabafa: 'Me faz querer largar o futebol'

Enquanto Flu busca opções para substituí-lo e não anuncia demissão, técnico diz que para ele tudo segue como antes: 'Dei o treino normalmente'


Por Rio de Janeiro
 
vanderlei luxemburgo  fluminense (Foto: Fernando Cazaes/Photocamera)Luxa não esconde descontentamento com situação
no Flu (Foto: Fernando Cazaes/Photocamera)
O técnico Vanderlei Luxemburgo vive uma situação incômoda nas Laranjeiras. Enquanto a diretoria tricolor discute sua provável demissão após sete jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro e já até busca nomes no mercado, o treinador segue seu trabalho como se nada estivesse acontecendo. Mas não consegue esconder que está chateado com o andamento do caso. Procurado pela reportagem, Luxa foi franco. E deixou claro que não aguenta mais momentos de fritura como esse.
- Para mim segue tudo como antes. Dei nesta terça-feira o primeiro treino da semana como sempre faço, conversei com os jogadores... Mas essa situação toda me faz querer largar o futebol. Não aguento mais isso. As coisas acontecem, eu não sei de nada e tenho que responder sobre o assunto - disse o técnico por telefone.
O nome mais cotado nas Laranjeiras para assumir caso a demissão de Luxemburgo seja oficializada é o de Caio Junior, que recentemente treinou o Bahia e o Vitória. Ele já foi contactado pelo diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano.
Sem vencer há sete rodadas, o Fluminense tem 36 pontos e está a apenas três da Ponte Preta, primeira equipe na zona do rebaixamento. O Tricolor volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Flamengo, às 19h30m (de Brasília), no Maracanã, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Fonte: Globoesporte.com

Num fôlego só, Adilson se prepara para respirar 40 dias de São Januário

Fã de Bielsa e aluno de Felipão, técnico irrequieto tem chance de ressurgir na carreira quase quatro anos após grande passagem pelo Cruzeiro


Por Rio de Janeiro
 
Adilson Batista Vasco apresentação (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)Cara nova: Adilson dirige time nos últimos
sete jogos (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
Por cinco vezes em meia hora de entrevista coletiva, Adilson Batista usou a palavra confiança para falar do trabalho que pretende colocar em prática no Vasco. O ex-zagueiro, de 1,83m, de Adrianópolis, interior do Paraná, tem a oportunidade de reconquistar a autoconfiança própria em curto - e arriscado - prazo em São Januário. Depois de ficar a um gol do título da Libertadores em 2009 com o Cruzeiro - decisão perdida para o Estudiantes da Argentina, do craque Verón, no Mineirão -, o jovem treinador de 45 anos, fã do argentino Marcelo Bielsa e capitão de uma geração vencedora do Grêmio de Felipão, retorna a um grande clube do futebol brasileiro mais de dois anos após passagens relâmpagos e malsucedidas por São Paulo, Atlético-PR e Santos (todos em 2011), além do Corinthians, em 2010.
- Não dá para dizer não a um Vasco da Gama - disse Adilson, na coletiva de imprensa de apresentação em São Januário, entre o presidente Roberto Dinamite e o diretor executivo de futebol, o também ex-zagueiro Ricardo Gomes.
O ex-zagueiro chega sozinho para sua primeira experiência no futebol carioca - sem auxiliar técnico ou preparador físico (as funções serão ocupadas pelo membro fixo da comissão técnica e ex-zagueiro Jorge Luiz e pelo fisiologista Daniel Gonçalves, respectivamente). Ele terá em sua equipe apenas um profissional que faz edição de vídeos e estudos de adversários.
Como Adilson mesmo lembrou, em outras oportunidades, quando tirou times da zona de rebaixamento, ele tinha mais tempo. Aos 35 anos, recém-aposentado, foram 19 rodadas no Grêmio, que escapou da queda para a Segundona. Nas duas temporadas seguintes, no Paysandu e no Figueirense, com 23 e 22 jogos para o fim, respectivamente, também foi capaz de liderar campanhas regulares e escapar do rebaixamento. Em São Januário, o tiro é curto e as decisões, mesmo que imediatas, devem ser bastante analisadas pelo treinador.
Mosaico Adilson Batista técnico (Foto: Editoria de Arte)Adilson Batista: passagem mais marcante da carreira foi no Cruzeiro, de 2008 a 2010 (Foto: Editoria de Arte)
Um bom exemplo dessa análise mais fria do novo treinador do Vasco, que ao longo da carreira ficou reconhecido como obcecado pelo trabalho, por detalhes táticos e técnicos de suas equipes, mas também com temperamento capaz de proporcionar problemas de relacionamento em resquícios ainda do jeitão permanente de capitão de time, foi a mensagem que passou para quem esperava mudanças radicais logo de cara. A entrada do jovem Jordi no gol, por exemplo, foi descartada por ora.
- Não é o momento de fazer loucuras ou experiências. Vamos precisar de bom senso, inteligência, vamos passar confiança, é disso que precisamos nesse momento - disse o treinador, que fez questão de lembrar das “duas defesaças” de Alessandro no jogo contra a Ponte Preta, do último domingo.
Adilson contou ter ficado “quase três horas” conversando com Jorge Luiz, Carlos Germano e com Ricardo Gomes, logo no primeiro dia. Os contatos do primeiro dia só terminaram na madrugada de terça-feira, quando viajou para o Rio e logo se apresentou ao Vasco. O técnico, inclusive, para não perder tempo, recebeu uma bandeja vinda do Restaurante do Almirante para almoçar dentro do departamento de futebol.
- Já vim (para o Rio) vendo material para ter noção do que encontrar aqui - lembrou Adilson, que é do tipo que assiste a cinco jogos por dia e que quando está desempregado viaja para conhecer outras escolas de futebol pela América do Sul e pela Europa.
Caderninho de anotações e voadora
Homem de confiança de Felipão nos tempos de Grêmio, Adilson fora escolhido em 1995 pelo atual treinador da seleção para seguir os passos do Ajax, adversário daquele Mundial. O Grêmio empatou a partida, perdeu a decisão nos pênaltis, mas anulou um timaço que, à época, tinha Van der Sar, Ronald e Frank de Boer, Overmars, Davids, Kluivert e outros jogadores que compuseram a base da seleção holandesa na década de 1990. Num caderninho que usa até hoje, ele anotava treinamentos, descrevia atividades e fazia observações.
O jeito dele como treinador não difere muito da época em que jogava"
Jorge Luiz, auxiliar do Vasco
Mauro Galvão, hoje diretor da base vascaína, com quem atuou no ano de 1996, lembra que já era notável o espírito de liderança e a noção tática do zagueiro gremista.
- É um cara que sempre procurou prestar atenção em tudo que acontecia, que sempre olhou para todo o processo que acontece dentro do futebol, da parte tática ao regulamento, do que cerca o jogo. Um ex-jogador que conseguiu aproveitar as passagens ao lado do Luiz Felipe (Felipão), que fez seu aprendizado, e que mostra nesse desafio que assumiu no Vasco confiar no seu trabalho - disse o capitão da Libertadores de 1998, pelo Vasco, sobre o capitão das Américas gremista, de 1995.
Uma das cenas mais famosas de Adilson como treinador, uma voadora nas placas de publicidade para comemorar o gol da virada do Cruzeiro sobre o Santo André na reta final do Brasileiro de 2010 - o resultado mantinha a equipe com chances de chegar à Libertadores -, mostra um pouco o temperamento irrequieto e explosivo do ex-zagueiro.
- Pelo que conheço do trabalho dele, acompanhando de longe o excelente trabalho no Cruzeiro e em outros times, o jeito dele como treinador não difere muito da época em que jogava. Era um zagueiro agressivo, no sentido de sempre querer ganhar os jogos, de técnica boa, de muita liderança e que se impunha dentro de campo - disse o novo auxiliar Jorge Luiz.
Questionado sobre as características que o assemelham com ex-comandados, como Felipão, Adilson defendeu métodos de trabalho.
- Disciplina a gente tem que ter para tudo. Dentro de casa, na escola, no trabalho. Trabalhei com muita gente que exigia e a gente acabou conquistando coisas e crescendo profissionalmente. É importante esse aspecto disciplinar, mas eu gosto que jogue futebol, gosto da escola holandesa. O próprio Vasco sempre teve um bonito toque de bola. Sobre ser explosivo ou nervoso? Isso é o jogo em si que proporciona inúmeras situações. A gente tem que se entregar, trabalho com amor e carinho. Procuro ser enérgico, vibrante, porque o próprio clube te cobra isso. A alma do torcedor vascaíno é apaixonada. Enfrentei várias vezes e sei da dificuldade que existe de jogar contra o Vasco aqui. Ainda bem que agora vou jogar a favor - disse o treinador, em entrevista à Rádio Bradesco Esportes FM.
Em entrevista recente ao GLOBOESPORTE.COM, em julho do ano passado, Adilson dizia que estava estudando e se esforçando para conseguir melhorar relacionamento com jogadores, dirigentes e jornalistas.
Na coletiva de apresentação no Vasco, muito calmamente, não deixou de falar em cobrança, profissionalismo e responsabilidade nas primeiras palavras em São Januário. Nos tempos de Corinthians e São Paulo causou impressões distintas sobre atitudes no dia a dia. Recentemente, admitiu que, por ser “puro e verdadeiro”, acabou dizendo coisas que não deveria a atletas e cartolas.
- Temos de ter alguns cuidados para não magoar determinadas pessoas. Vejo alguns atletas que não têm condições de estar em equipes grandes, e estão. Falo isso para o diretor, mas temos que conviver. Uma vez chamei atenção de jogador experiente na frente do grupo, não era o momento adequado. Vamos melhorando isso - disse Adilson, em julho do ano passado, ao GLOBOESPORTE.COM.
A "brincadeirinha" do Professor Pardal
No São Paulo, Adilson foi demitido, mas recebeu o carinho de Rogério Ceni, que o entregou uma camisa personalizada na despedida do Morumbi. Mas ainda nos tempos de jogador teve como desafeto Danrlei, outro goleiro histórico, do Grêmio. No Corinthians, houve rusgas com jogadores, embora todos admitissem os conhecimentos e a perspicácia do jovem treinador, que uma vez se autodefiniu, ironicamente, como Professor Pardal.
- Essa história de Professor Pardal foi uma brincadeira minha mesmo. No Cruzeiro, escalei um volante na zaga contra o Ituiutaba, por causa de cartões, e estávamos ganhando de 4 a 1. Depois, troquei por zagueiro na posição e deu 4 a 4. Chamei para mim a invenção, quis brincar, foi uma ironia - recordou o técnico vascaíno, em outro trecho da mesma entrevista.
Adilson lembrou em sua chegada que vai ter 40 dias em São Januário. Ele promete fazer desse período uma verdadeira imersão pelas tradicionais e turbulentas águas vascaínas. Na primeira conversa no vestiário, pediu a todos integrantes da comissão técnica todo o apoio, em relatórios e atenção, para que encurtasse a distância do desconhecimento que ainda tem de algumas peças e particularidades da equipe e do clube.
Apelidado de “Pezão” na infância pela família em Adrianópolis, o jovem treinador, que morou no centro de treinamento do São Paulo, caiu de corpo e alma no Vasco nas últimas pegadas vascaínas. O objetivo é se agarrar com unhas e dentes nas pequenas chances de permanecer na primeira divisão.
- Vou respirar cada instante no Vasco, vivenciar cada jogo, cada uma das sete decisões - afirmou o treinador vascaíno, a última esperança da temporada de 2013 do Vasco.

Fonte: Globoesporte.com

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sempre levarei com carinho os momentos vividos neste clube que tenho muito orgulho em ter defendido as cores.

Senhor é tão gratificante saber que fizemos algo importante em algum lugar, que pudemos desempenhar a nossa profissão com dignidade e assim poder usar o dom que o Senhor nos presenteou, Senhor muito obrigado por que sem tu não poderei fazer nada.
Obrigado a todos que fazem parte deste clube que tenho um carinho tão grande, sou grato a população desta cidade, em especial aqueles que tem o Crato Es...porte Clube como seu time do coração que sempre me apoiaram e me trataram com respeito. Foi uma honra para mim fazer parte deste clube e ter dado um pouco da minha contribuição a este importante clube Cearense.

São dois link abaixo que mostram um pouco deste reconhecimento.

1 http://www.cratoesporteclube.com.br/historia/

2 http://esportecearense1.blogspot.com.br/2012/01/crato-esporte-clube.html

Treinador Pernambucano é destaque em Tocantins







Cleibson Ferreira vem brilhando e chamando a atenção de tradicionais clubes tocantinense.

Nesta terça feira inicia-se os jogos de volta da primeira fase da série B de Tocantins. Temos equipes que se destacam, jogadores que mostram capacidades e treinadores capacitados este é o caso do treinador do Juventude E.C. 

Cleibson Ferreira vem se destacando afrente do comando técnico do Juventude de Dianópolis, Ferreira é natural de Recife-PE e antes de desembarcar no Juventude estava no Galícia - BA equipe que o mesmo ajudou a ser campeão Baiano da segunda divisão 2013, classificando o clube baiano para a elite depois de 14 anos sem o acesso e 24 anos sem uma conquista. 

Ver um profissional do nível do professor Ferreira trabalhando no nosso futebol nos dar a sensação que em meios as dificuldades estamos tentando evoluir um pouco mais.

" A nossa maior aposta foi no treinador, trouxemos um profissional com bagagem em grandes clubes e acostumado a conquistas" revelou o Moacir presidente do Juventude. 

Com certeza o investimento vem surtindo efeito, uma equipe que estava inativa por 4 anos vem fazendo grandes jogos e hoje é uma das fortes candidatas a classificação para a segunda fase do grupo A, O professor Ferreira vem utilizando da melhor forma possível a garotada da base.

Soube-se que o clube teve importantes baixas devido ao abandono de alguns atletas e mesmo assim o professor manteve o nível técnico, tático, físico e psicológico dos atletas dando um nível de motivação surpreendente, além dos jovens atletas que são a grande maioria vemos que o clube conta com dois jogadores experientes que são o Eder Paulista e o Genivaldo popularmente conhecido como Preá. 

"Tenho certeza pelo que ouço, e vejo diariamente nos treinos e jogos, Cleibson Ferreira é o melhor treinador da era profissional que já comandou essa equipe" revelou Mario Careca, Secretário de Esporte de Dianópolis. 

Nos bastidores comenta-se que Cleibson Ferreira já é alvo de tradicionais clubes, que é o caso do Palmas e Interporto. Fico na torcida que seja verdade e possamos ainda ver esse profissional qualificar ainda mais as nossas equipes. 

" O professor vem fazendo um grande trabalho afrente do nosso clube tenho certeza que ele junto com a Fúria vermelha levará o Juve a primeira divisão" relatou um Integrante da Fúria Vermelha.

O Futebol de Dianópolis agradece, mas o futebol de Tocantinense dar um seja bem vindo e este grande treinador.

Fonte: futebolcaririense.com

domingo, 27 de outubro de 2013

Abel Braga rompe silêncio e sinaliza retorno ao Inter: 'É praticamente certo'

De férias no Rio de Janeiro, técnico diz que não recusou oferta do clube gaúcho e rechaça que questão financeira o afastará do Colorado


Por Rio de Janeiro
 
Abel Braga, técnico de futebol (Foto: Rafael Cavalieri)Abel Braga reiterou amor pelo Inter
(Foto: Rafael Cavalieri)
Abel Braga no Inter em 2014? Na manhã deste domingo, o treinador, enfim, rompeu o silêncio. Após uma viagem com a família para a Europa, o técnico comentou sobre a sua situação. E deixou claro: é grande a probabilidade de ter mais uma passagem pelo clube gaúcho.
De férias no Rio de Janeiro, Abel admitiu que foi procurado pela direção colorada e mostrou que está disposto a retornar ao Beira-Rio após pouco mais de cinco anos longe (deixou o clube gaúcho em meados de 2008).
- É praticamente certo. Tudo indica que o meu caminho será Porto Alegre. Não terá empecilho. Descansei o que precisava descansar. Agora vou tocar. Tenho que começar a programar o próximo ano a partir de novembro – afirmou em entrevista à Rádio Guaíba.
A ligação com o clube onde venceu a Libertadores e o Mundial em 2006, mais uma vez, ficou latente. Abel reiterou todo o carinho que sente pelo Inter. Recordou toda sua história criada no Beira-Rio, que começou ainda em 1988.
Apesar disso, o técnico não aceitou retornar quando a cúpula decidiu demitir Dunga no início de outubro. Abel queria um período de férias. Segundo ele, não foi um “não”. Foi justamente aproveitar um pouco mais com seus familiares:
- Depois que o Dunga saiu, fui procurado e disse que não pegaria no momento. Disse que era um direito que tinha dado a mim e minha família. Troquei mensagens com o Dunga. Mas tudo que se trata de Inter tem um significado diferente. O Inter me deu uma chance sem ter três anos de carreira. Um dos princípios básicos na minha vida é gratidão. Não existe negativa para o Inter. A identidade é muito grande. E isso vai continuar até o resto da minha vida.
O amor pelo Colorado é tamanho que ele garante que a questão financeira não será decisiva. Abel revelou que, quando foi procurado, a proposta gaúcha era 30% inferior ao que recebia no Fluminense. E ainda fez uma brincadeira, ao dizer que o azul, cor do Grêmio, só aparece na sua vida na calça jeans:
- Não será o dinheiro que vai me afastar do Inter. O sentimento que tenho pelo clube, a relação com a torcida, isso não tem preço. A identidade é muito grande. A única coisa azul que eu tenho é calça jeans. Não tenho carro azul. Está perpetuado no sangue. Todo mundo sabe da relação.
Clemer, que atualmente comanda o time profissional, não deve seguir. O seu trabalho tem merecido elogios da direção. Porém, a ideia é de mantê-lo como um elo entre a base e o grupo profissional.

"Oferecemos a ele a seleção pentacampeã", diz Felipão sobre Diego Costa

Atacante teria enviado carta à Fifa admitindo interesse em jogar pela Espanha

Por Redação PLACAR                       
Felipão convocou Diego Costa em março para amistosos contra Itália e Rússia
Felipão convocou Diego Costa em março para amistosos contra Itália e Rússia / Crédito: Rafael Ribeiro / Divulgação CBF
       
A escolha, agora, é de Diego Costa. Em evento no Rio Grande do Sul no último sábado, Luiz Felipe Scolari, técnico da seleção brasileira, confirmou a tendência em contar com o Atlético e Madri, desde que ele queira defender a seleção do país onde nasceu.
"Quem pode responder (sobre jogar por Brasil ou Espanha) é ele, não eu. A escolha é do atleta. Nós oferecemos uma seleção pentacampeã mundial, com todas as condições para ser hexacampeã, e será. Mas cada um escolhe a via que quer seguir", disse Felipão, visivelmente contrariado.
De acordo com o diário espanhol Marca, Diego Costa teria enviado uma carta à Fifa admitindo o interesse em atuar pela seleção espanhola. O jogador está no país europeu desde 2007, quando foi contratado pelo Atlético de Madri junto ao Penafiel, de Portugal.

Luxa diz que não vai esperar até Fred estar 100%: 'Fluminense precisa dele'

Técnico tricolor diz que se preocupa apenas com a temporada 2013 e avisa que já conversou com o camisa 9 sobre fazer um esforço pela equipe


Por Rio de Janeiro
 
fred treino Fluminense (Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C)Fred treina no Flu: atacante deve voltar ao time em
novembro (Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C)
Recuperando-se de uma grave lesão na coxa direita, o atacante Fred deve voltar a vestir a camisa tricolor em novembro. E isso mesmo sem estar 100% fisicamente. Pelo menos é o que garante Vanderlei Luxemburgo. Lembrando a situação delicada do Fluminense no Campeonato Brasileiro, o treinador disse que já conversou com o capitão sobre a necessidade de contar com ele o mais rapidamente possível.
- Não existe sacrífico para jogar no Flu. É o clube que nos paga. Queria que esse momento fosse diferente, com o time brigando lá em cima. Mas não é. O Fred não vai estar 100% quando voltar, mas precisa entrar em campo porque o Fluminense precisa dele. Já conversamos, e ele se colocou a disposição. Quer voltar a jogar logo. A necessidade do Fluminense tem de estar acima de qualquer outra situação - lembrou Luxa.
Perguntado se o retorno antes do ideal não poderia prejudicar o atacante para a próxima temporada, o treinador foi direto e avisou: o importante agora é garantir a tranquilidade tricolor em 2013. Atualmente com 36 pontos, o Fluminense ocupa a 15ª posição no Brasileirão.
- O ano que vem é outra coisa. Minha preocupação é com 2013. Temos que tirar o Fluminense da confusão. No ano que vem a gente se preocupa em deixar o Fred 100% outra vez.
Fora da equipe desde o dia 31 de agosto, quando se lesionou na derrota por 2 a 0 para o Santos, Fred vem surpreendendo os médicos tricolores. O atacante já iniciou a transição entre a fisioterapia e a preparação física.
Fonte: globo esporte

Uma vitória que serviu muito mais do que os 3 pontos.

 Cleibson Ferreira instrução no intervalo
 
Ter vencido o jogo de ontem por 4x0 não foi importante apenas pelos 3 pontos ou mesmo pelo saldos de gols, e sim pelo fato de termos tido uma semana muito difícil, pelo abandono de importantes peças da equipes até então consideradas titulares.
 Essa vitória mostrou que futebol existe uma coisa que vai além de estar bem tática, técnica ou fisicamente, esta coisa chama-se motivação, comprometimento com o que se quer.
 Os garotos que entraram em campo compreenderam bem a situação que nos encontrávamos naquele momento, é bem verdade que o primeiro tempo a equipe não estava bem, perdemos muitos gols, erramos passes demasiados, uma equipe sem ambição de fazer gols, no intervalo conversamos muito, corrigimos alguns posicionamento e graças a Deus deu certo.
A equipe entrou mais atento e aguerrida buscando fazer o resultado positivo ou seja entrou buscando fazer os gols que vinhamos perdendo, fazer o que se pediu o que se trabalhou durante a semana.
Resultado, vitória de 4x0, com certeza esse resultado foi importante mais para mostrar muito mais aos que aqui ficaram que tudo é possível quando se quer e se capacita para que aconteça.

Alex está perto de trocar o Coritiba pelo Palmeiras, diz site

Craque deve trocar de equipe em 2014



O meia Alex pode estar com os dias contados no Coritiba. Segundo o site "Parana Online", fontes do clube de Curitiba afirmam que o craque trocará o Coxa pelo Palmeiras, onde também é ídolo. O principal motivo seria a ausência do time paranaense da Libertadores. No Verdão paulista, Alex seria o grande presente para a torcida no ano do centenário.

Ainda de acordo com o site, Alex não tem nenhuma cláusula que o obrigue a cumprir o contrato, que vai até o fim de 2014, na íntegra. Em declarações recentes, o veterano deixou aberta a possibilidade de deixar o clube.

"Não devia e continuo não devendo (nada ao clube). O Coritiba me deu a oportunidade quando eu era criança, de poder crescer nas categorias de base, me profissionalizar e seguir minha vida como atleta profissional. Mas não tenho dívida nenhuma".

Em entrevista à revista Placar, Alex deixou claro que escolheu o Coritiba, e não o contrário.

"O Coritiba é um time de médio para pequeno, que só ganhou no meu desejo de retornar e ir ajeitando minha vida pós-futebol. Não negociei com o Coritiba. Se quisesse, eu poderia ter tirado muito mais dinheiro do clube, exigindo premiações diferentes. Voltei por satisfação pessoal", afirmou.

Em alta no Chelsea, Ramires celebra chance com Felipão: 'Confia em mim'

Titular com José Mourinho nos Blues, volante elogia técnico português e
revela conversa com técnico da Seleção depois de polêmica: 'Já esclareci tudo'

Por Rio de Janeiro
 
Ramires Chelsea (Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa)Ramires posa com a camisa da seleção brasileira (Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa)
Na temporada passada, Ramires atuava como meia, mais aberto pela direita, no Chelsea. Fez nove gols em 61 jogos. Na atual, José Mourinho voltou aos Blues e mudou a posição do brasileiro, que hoje atua como volante, mais recuado. Ainda assim, já balançou as redes três vezes em 12 partidas, confirmando o status de peça-chave no elenco do clube londrino.
A regularidade de Ramires fez com que o volante voltasse rapidamente à seleção brasileira, mesmo após ser deixado fora da Copa das Confederações, depois de uma polêmica em março, quando não se apresentou no dia estipulado pela comissão técnica. O retorno aconteceu em setembro, nos amistosos contra Austrália e Portugal, em que o jogador foi titular e fez um gol. Prova de que o sonho de disputar a Copa do Mundo no Brasil segue vivo, apesar dos percalços.
- Eu já tinha conversado com o Felipão. Já havia esclarecido tudo. Ele falou que confia em mim, que não gosta de me ver jogando como primeiro volante, que poderia me usar em outra função. A volta foi muito boa, tive oportunidade de jogar. Agora é continuar trabalhando – contou Ramires, em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.
Entre a consistência no Chelsea e o recomeço na seleção brasileira, Ramires prefere não dizer se vive sua melhor fase na carreira. Ainda há alguns obstáculos a superar, como a persistente dificuldade no inglês, apesar da boa adaptação a Londres. Nesta entrevista, o jogador fala sobre o bom momento nos Blues, a relação com José Mourinho, a expectativa para a Copa e até a especulação de que estaria na lista de desejos do Real Madrid.
Ramires gol Brasil contra Austrália (Foto: AFP)Ramires cabeceia para fazer seu gol na vitória sobre a Austrália (Foto: AFP)


01
SELEÇÃO BRASILEIRA

GLOBOESPORTE.COM: Como foi seu retorno à Seleção? Conversou com o Felipão após o corte na Copa das Confederações?

Ramires: Eu já tinha conversado com o Felipão. Já havia esclarecido tudo. Ele falou que confia em mim, que não gosta de me ver jogando como primeiro volante, que poderia me usar em outra função. A volta foi muito boa, tive oportunidade de jogar. E também fui muito bem recebido pelos companheiros. A gente está sempre se encontrando, jogando contra. A volta foi muito boa, tive a oportunidade de jogar. Agora é continuar trabalhando.
Na volta à Seleção, você foi o primeiro jogador a se apresentar em Brasília para o amistoso contra a Austrália. Procurou evitar novo problema?
Não, eu me apresentei primeiro porque já estava no Brasil, já tinha viajado de Londres. Meu voo era à tarde, e acabei antecipando a viagem. Saí de Curitiba e cheguei cedo. Não foi nada planejado, até porque você não sabe quem vai chegar antes. Mas é claro que é bom chegar antes.
Bernard Ramires brasil treino (Foto: Bruno Spada / VIPCOMM)Ramires ri com Bernard durante treino da Seleção (Foto: Bruno Spada / VIPCOMM)
Você acha que já conseguiu recuperar o espaço na Seleção?
É difícil, porque a gente está falando de um time que foi campeão. É difícil mexer. Todo mundo está querendo conquistar uma vaga entre os 23 que vão para a Copa. Então, procuro aproveitar cada oportunidade, cada minuto que estão me dando. Tenho que mostrar um bom futebol e passar confiança.
No time campeão da Copa das Confederações, os volantes titulares foram Luiz Gustavo e Paulinho. Em qual posição você acha que pode brigar pela vaga. Ainda como volante ou mais à frente?
Não tenho problema com posição. Aqui fora já joguei em várias funções, então, estou disposto a brigar na posição em que me derem chance. Na posição em que me derem oportunidade, eu vou tentar fazer o melhor.
01
CHELSEA

Nesta temporada, o Chelsea mudou de treinador, e chegou o José Mourinho. Como foi a recepção a ele?

Foi muito bom. Eu tive uma conversa com ele, assim que chegou. Ele vem confiando bastante no meu trabalho. Procuro, dentro de campo, fazer o que ele pede. Ele já gosta de mim faz um tempo. Disse que, em outros clubes, tinha tentando me levar. Mas a gente sabe como é o futebol, né? Hoje estamos juntos no Chelsea.
Ahmadi e Ramires Chelsea e Aston Villa (Foto: Getty Images)No combate: Ramires está atuando mais recuado nesta temporada pelo Chelsea (Foto: Getty Images)


O Mourinho tem aquela imagem de marrento, mas a maioria dos jogadores que trabalharam com ele teve uma boa relação. Você ficou surpreendido com o jeito dele?
Não, porque eu nunca comprei a imagem que passavam dele. A gente só pode falar da pessoa depois que a conhece, e todos os jogadores que jogaram com ele falaram muito bem. Não me surpreendi em momento algum. Ele é gente boa, amigo, conversa e brinca com todo mundo. Trata todo mundo igual, é totalmente o contrário do que a gente vê. Não tem essa coisa de marrento. Quando chega no jogo, todo mundo quer ganhar, isso é normal.
Em campo, o que mudou para você em relação à temporada passada com o Rafa Benítez?
Agora estamos jogando eu e Lampard como volantes. Eu chego mais à frente, mas às vezes acabo ficando um pouco mais atrás. Nós dois conversamos sempre dentro de campo, para ver quem está melhor dentro da área. Quando um vai, o outro fica, para dar uma segurança maior. Agora estou jogando muito mais pelo meio. Nos outros anos, eu jogava mais aberto.
E segue fazendo gols.
Eu tenho liberdade para ir à frente. Em momento algum o Mourinho fala que é para eu ficar como "camisa cinco". Só pede para a gente ter atenção. Já fiz três gols.
Ramires Chelsea (Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa)Ramires atende torcedora do Chelsea em evento (Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa)
Esta é a sua melhor fase?
É difícil falar. Tive um bom momento quando a gente conquistou a Liga dos Campeões. Independentemente disso, procuro sempre fazer meu trabalho. O importante é jogar sempre em alto nível. Mas é claro que é bom começar de titular quando o clube muda de treinador.
Você já está há três anos no Chelsea, e conseguiu manter a regularidade numa liga em que poucos brasileiros conseguem se firmar. Qual é o segredo?
Trabalho. Ter os pés no chão, humildade, ouvir bastante... Sempre procuro fazer isso. Quando você chega num clube, num país diferente, tem que ouvir bastante os que estão há mais tempo no clube, trilhar o caminho deles. Se a pessoa está há tanto tempo no clube, é porque está fazendo algo bem.
E a adaptação a Londres? Já virou “inglês”?
(Risos) Estou bem adaptado. Só tenho de aprender bem o inglês, estou tendo aulas para melhorar e ficar mais tranquilo. É difícil, é uma outra cultura. E não tenho muito tempo, é difícil encaixar os horários. Estou fazendo o possível.
01
REAL MADRID

E pode ter de aprender espanhol também, né? Já há rumores de que você estaria na mira do Real Madrid. Chegou algo?

Para mim, não chegou nada. Só acompanhei através da imprensa, meu empresário também não falou nada. Talvez tenha sido especulação. Eu foco no meu trabalho, não dá para falar de uma coisa que você não sabe.
É bom saber que interessa ao Real?
Faz bem para o ego, é sinal de que em algum lugar gostam do seu trabalho. Eu fiquei muito feliz em saber isso, mas não soube nada do Chelsea, nem do empresário. Mas é o que eu falo: estou bem servido no Chelsea. Seria falta de respeito falar algo se o clube não veio falar comigo. Tenho contrato até 2017 e não penso em sair. Enquanto não tiver nada e eu estiver agradando ao clube... Sair, só se o clube realmente quiser. Fora isso, estou bem, estou adaptado.
Ramires apresentação Seleção Brasileira (Foto: Fabricio Marques)Volante não pensa em deixar o Chelsea (Foto: Fabricio Marques)

Neymar deixa o dele, Barça vence Real e se desgarra na ponta do Espanhol

Craque brasileiro aproveitou bela jogada de Iniesta para abrir o placar no Camp Nou

Por Redação PLACAR 26/10/2013, às 15h49
Neymar marcou o primeiro do Barça e depois assistiu Alexis, que fechou o placar
Neymar marcou o primeiro do Barça e depois assistiu Alexis, que fechou o placar / Crédito: Reuters
       
Neymar é um sujeito com uma estrela enorme. Logo em seu primeiro clássico contra o Real Madrid, o craque brasileiro deixou sua marca e deu a vitória ao Barcelona por 2 x 1 ante o arquirrival, no Camp Nou, pela 10ª rodada do Espanhol.
Ao seu estilo, o Barça se aproximava da área do Real com boas triangulações. Numa delas, aos 18 minutos de jogo, Iniesta fez boa jogada pela esquerda e rolou para Neymar, que dominou, parou e, diante de dois zagueiros, tocou de chapa e contou com um leve desvio de Carvajal para fazer 1 x 0. Foi o terceiro gol do brasileiro no Espanhol.
Depois do gol, o Real cresceu na partida. Cristiano Ronaldo, o mais procurado no time merengue, perdeu pelo menos duas boas chances. Aposta de Ancelotti para começar o jogo, Bale pouco fez em campo. Pelo lado do Barça, Messi, autor de 11 gols pelo Barça contra o Real em toda a história, estava tímido, pouco produtivo. Mesmo assim, levou muito perigo à defesa meregue.
Com Messi apático, coube a Alexis Sanchez decretar a vitória culé. E com muita classe. Oito minutos depois de entrar no lugar de Fabregas, aos 33 da segunda etapa, Sanchez recebeu de Neymar, encarou Varane no mano-a-mano e, sem ter muito para onde correr, deu um leve toque por cobertura em López, que estava adiantado. Golaço!
Nos minutos finais de partida, o Real insistiu em jogadas aéreas, procurando sempre Cristiano Ronaldo e Varane. Todas infrutíferas. No chão, os blancos paravam em Valdés, mais uma vez em noite inspirada. Nos acréscimos, Cristiano Ronaldo deu linda arrancada e serviu Jesé, que teve frieza para, de frente com Valdés, bater rasteiro e diminuir o placar: 2 x 1.
Com o triunfo no clássico, o Barça disparou na liderança do Espanhol, com 28 pontos, quatro a mais que o vice-líder Atlético de Madri, que no domingo recebe o Bétis. O Real, por sua vez, estacionou na terceira posição, com 22 pontos.