domingo, 1 de maio de 2011

Náutico vence o Sport 3x2, mas é o Leão quem vai à final



Num duelo equilibrado, o Náutico venceu o Sport, mas o Leão é quem vai à final. Foto: Rodrigo Lobo/JC Imagem

O Náutico lutou, manteve a invencibilidade nos Aflitos em jogos válidos pelo Pernambucano Coca-Cola 2011, mas saiu do gramado sem ter o que comemorar. Afinal, a vitória por 3x2 sobre o Sport não foi suficiente para ir à final do Estadual. O Leão, que havia vencido o primeiro duelo por 3x1, garantiu-se na decisão por conta do regulamento da competição, que premia, na fase dos mata-matas, o time que faz mais gols na casa do adversário. O Sport vai à final do campeonato para encarar o Santa Cruz, reeditando a decisão de 2006. A primeira partida acontece na Ilha do Retiro, no próximo domingo, dia 8 de maio, e o segundo será dia 15, no Arruda.
O Sport foi a campo com o regulamento embaixo dos braços. O time rubro-negro buscou marcar forte o Náutico e tentou explorar a velocidade dos atacantes Bruno Mineiro e Carlinhos Bala. O Náutico precisando vencer a todo custo, foi para cima, buscou o ataque. No entanto, a equipe alvirrubra errou muitos passes e, por isso, encontrou dificuldades para pressionar o Leão.
Mesmo assim, o Náutico conseguiu abrir o placar, aos 17 minutos. Após cobrança de escanteio, Kieza não precisou pular muito para, de cabeça, mandar a bola no ângulo do goleiro Magrão. O gol deu mais confiança ao Timbu. Porém, o time não espera sofrer um gol de empate de forma tão rápida. Aos 25, após cruzamento da esquerda, Carlinhos Bala pegou de primeira, sem chances para Glédson.
O empate foi um duro golpe para o Náutico, que, a partir daquele momento, mostrou nervosismo em campo. Se estava errando muitos passes antes, a situação piorou. Já o Leão, manteve-se tranquilo. O time manteve a postura de muita força na marcação. O destaque do time rubro-negro foi o volante Daniel Paulista, que destruiu as jogadas do adversário e ainda fez bons lançamentos. Carlinhos Bala também fez um grande primeiro tempo. Além do gol, o atacante infernizou a zaga do Náutico. Mas, no final da primeira etapa, ao tentar um contra-ataque, o atacante sentiu a coxa.
No segundo tempo, Carlinhos Bala, como era esperado, não voltou a campo. O técnico Hélio dos Anjos optou por escalar Dutra, deslocando Wellington Saci para o meio de campo, enquanto Marcelinho Paraíba foi para o ataque. O Sport manteve a sua postura, enquanto o Náutico tentou o ataque, mas sem conseguiu se infiltrar na zaga rubro-negra. O jogo estava duro, sem lances de perigo, até que o goleiro Glédson cometeu uma falha fatal, aos 17 minutos. O camisa 1 alvirrubro tentou sair jogando e mandou a bola nos pés de Bruno Mineiro, que dominou e bateu por cobertura, fazendo um belo gol.
Ao sofrer o gol, o Timbu cambaleou em campo. Ficou nitidamente abatido. O time alvirrubro não conseguia mais ter foco no jogo. Naquele momento, o Náutico precisaria fazer mais quatro gols para garantir presença na final. Uma missão dificílima. O Sport abdicou do ataque. E o alvirrubro teve que reativar as forças para lutar. Aos 20 minutos, após um bate-rebate, Everton Luís mandou para as redes, empatando a partida.
O gol de empate deu ao Náutico força para lutar. E o time alvirrubro aproveitou para explorar os espaços deixado pelo Sport, que permaneceu recuado, jogando pelo regulamento. O Náutico, então, conseguiu o terceiro gol. Aos 34 minutos, Kieza recebeu a bola, limpou a jogada e bateu forte. A bola bateu na trave esquerda de Magrão e entrou. Ao virar o placar, o Náutico cresceu na partida e foi para cima, agarrado no fio de esperança.
Mas o tempo era curto. E o Sport ficou mais atento após sofrer o terceiro gol. Por isso, o time chegou até fazer o gol de empate, aos 48 minutos, através de Ciro, mas a arbitragem anulou erradamente, assinalando impedimento. Antes, Ciro havia perdido uma chance clara, ao driblar o goleiro Glédson e chutar para fora. Mas, naquele momento, os rubro-negros não tinham o que lamentar. Comemoraram bastante a classificação à final.
Ficha do jogo:
Náutico: Glédson; Rodrigo Heffner, Walter, Éverton Luiz e Aírton (Rogério); Éverton, Derley, Willian (Deivid Sacconi) e Eduardo Ramos; Kieza e Bruno Meneghel (Silas). Técnico: Roberto Fernandes.

Sport: Magrão; Montoya, Tobi e Alex Bruno; Igor, Germano, Daniel Paulista (Joédson), Marcelinho Paraíba (Ciro) e Wellington Saci; Carlinhos Bala (Dutra) e Bruno Mineiro. Técnico: Hélio dos Anjos.

Local: Aflitos. Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (Fifa/SP). Assistentes: Erich Bandeira e Jossemmar Diniz (PE). Gols: Kieza, aos 17 minutos, e Carlinhos Bala, aos 25 minutos do primeiro tempo; Bruno Mineiro, aos 17, Everton Luís, aos 20, e Kieza, aos 34 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Éverton, Germano, Montoya, Éverton Luís, Derley, Elton, Eduardo Ramos. Público: 18.128. Renda: R$ 246.320,00.