sábado, 2 de junho de 2012

Bobô é o plano B do Náutico

Do Jornal do Commercio
Se não tem Kieza – embora as negociações ainda não tenham sido dadas como encerradas com o centroavante –, o Náutico pensa num meio-termo. E, no momento, a caça em torno de um nome de reserva responde por Bobô. Os entendimentos foram divulgados pela direção alvirrubra e o jogador, de 27 anos, natural de Gravatá, pode ser anunciado a qualquer momento. Bobô está no Cruzeiro e também despertou interesse no Sport. Como não teve muitas chances com Vágner Mancini, quando o treinador esteve na Raposa, sentiu-se sensibilizado pela a proposta dos timbus e o fato de poder voltar ao seu Estado de origem.
Com passagem pela seleção brasileira na Era Dunga – em 2008 – e famoso na Turquia, é a peça desejada pelo técnico Alexandre Gallo, que desde o início dos trabalhos procura um atacante de área, finalizador. Aliás, o único empecilho, no momento, são as propostas que podem vir da Turquia. Para se ter uma ideia, na sua passagem pelo Beskitas, marcou 99 gols em 227 jogos, tornando-se artilheiro da Copa Turca em duas oportunidades.
Não é de hoje que o Náutico luta para contratar um atacante de área. No entender de Alexandre Gallo, a sua composição de time passa por um homem fixo, com o intuito de colocar a bola para dentro. Bobô seria esse jogador. A realidade é que uma lista interminável de nomes foi apresentada aos dirigentes, mas o treinador destacou que há muitas dificuldades para fechar as contratações.
“Na montagem da equipe, sinto a falta dessa peça. E vários fatores dificultam. Não é de hoje que estamos procurando um 9 de ofício. Mas muitos têm o valor alto, outras vezes os clubes não liberaram o atleta. E assim vamos vivendo essas dificuldades”, afirmou o técnico. “Não queremos trazer um jogador para completar o grupo, mas um que entre para jogar. E trazer mais outro atleta, sendo que com esse estilo, daria uma qualidade maior ao nosso grupo”, disse.
Atualmente, o grupo de atacantes do Náutico conta com Siloé, Rodrigo Tiuí, Araújo e Kim, além de Rhayner e Cléverson, meias de origem – segundo Gallo, ambos quarto homem de meio de campo –, que podem ser utilizados lá na frente. O estilo de todos eles é de movimentação e velocidade. “Até semana passada, tínhamos Araújo, mas ele está machucado. Kim fez esse papel quando jogava pelo Nancy (França). Mas ter um específico é melhor”, justificou.
Araújo é um caso à parte. Contratado para dar uma dinâmica no ataque e fazer os gols, o atleta tem se cobrado pelas oportunidades claras perdidas nos dois primeiros confrontos – ele marcou um de pênalti, na derrota para o Figueirense. É apenas o início do campeonato, mas Gallo reconheceu que o atleta quer mais. “Ele está decepcionado com a sua atuação nos últimos jogos. Está insatisfeito. Chegou a falar para mim que os gols que ele desperdiçou, não costuma perder”, revelou