O atacante André Dias espera repetir este ano no Cruzeiro o melhor momento de sua carreira: o início do Campeonato Brasileiro de 2007 no Vasco, quando atuou ao lado de Romário e o ajudou a atingir a marca dos 1 mil gols. Negociado com o futebol dos Emirados Árabes, não pôde dar sequência àquele momento e somente agora volta ao Brasil.
“Na minha carreira, tive altos e baixos, mas tenho alma vencedora, sou guerreiro”, garante André Dias. “Toco a vida sempre pensando positivo e espero, obviamente, que possa, ou melhor, vou trabalhar para que isso aconteça, dar o melhor em busca do sucesso.”
O período em que atuou ao lado de Romário foi de muito aprendizado para o atacante. “Não preciso falar de suas qualidades. Sempre fui muito observador do que ele fazia, no seu posicionamento, além de sua frieza na frente do gol. Foi muito gratificante e produtivo para mim esse período”, comenta o novo atacante celeste.
Com sinceridade, André Dias admite que, inicialmente, não pode inspirar muita confiança na torcida cruzeirense: “Quanto à desconfiança do torcedor, dou até razão para que pensem assim. Passei os últimos três anos nos Emirados Árabes.” Sobre suas características em campo, o atacante afirma que já fez um pouco de tudo: atuar pelo meio, pelas laterais: “Corria demais. Agora, com quase 30 anos (faz aniversário em março), corro menos e procuro ser mais produtivo. Fico mais próximo da área, mas não tão parado como o Romário”, descreve.
André Dias se recupera de contusão no tendão patelar do joelho direito, que o obrigou a passar por duas cirurgias e o afastou dos gramados nos últimos seis meses. Nos Emirados Árabes, chegaram a dizer a ele que não voltaria a jogar. Por essa desconfiança, preferiu não continuar por lá, apesar de ter recebido uma proposta, antes do acerto com o Cruzeiro.
Há um mês, o jogador vem se recuperando com profissionais particulares e acredita que, em breve, estará nas condições ideais. “Foi o período mais difícil de minha vida, mas posso me considerar preparado, lógico que ainda não para jogar 90 minutos”, avalia André Dias, que fez questão de contar que apenas nasceu em Montes Claros e na verdade foi criado em Engenheiro Navarro, sua cidade de coração.
Depois de começar no Flamengo e passar pelo Palmeiras, o zagueiro Fabrício espera deslanchar no Cruzeiro: “Vou fazer de tudo para fazer história”, avisa o jogador, que não soube explicar o motivo de não ter se firmado nos dois grandes clubes anteriores. “No futebol, é complicado analisar isso, porque não envolve só o jogador, mas também o time, o treinador, a torcida.”
Fabrício, que escolheu o apelido Carioca para se diferenciar do volante homônimo, coloca-se à disposição para jogar também na lateral esquerda: “Minha posição é zagueiro, mas se o Cuca precisar jogo na lateral”. Uma característica que Fabrício Carioca promete aprimorar na Toca da Raposa é a cobrança de faltas. “Primeiro, tenho de agradar ao Cuca para conquistar um lugar no time.”
Outro jogador que considera jogar no Cruzeiro uma grande chance na carreira é o volante Geovane, contratado para atuar na lateral direita. “Sou volante, mas jogo na lateral sem preocupação. Muitos não me conhecem, mas estou procurando meu espaço. É uma oportunidade muito grande jogar num time maravilhoso como o Cruzeiro e poder disputar a Copa Libertadores. Sabemos que é uma competição muito forte, mas temos equipe para chegar à final e até conquistar o título”, comenta.
- Outro atacante A diretoria anunciou ontem a sétima contratação para a temporada: o atacante Reis, de 22 anos, que marcou 11 gols na Série B do Brasileiro, pela Ponte Preta. Ele vem por empréstimo de um ano, ao custo de R$ 200 mil. Reis começou a carreira no Tupi, de Juiz de Fora, sua cidade natal, e passou pelo América, quando ainda era conhecido como Deivid. O diretor de futebol Dimas Fonseca avisa que o clube vai contratar mais um atacante, caso a venda de Wellington Paulista se concretize.
