terça-feira, 22 de março de 2011

Elano cobra mudança de atitude: 'Temos de voltar às nossas origens'

Meia espera que time seja mais humilde e se ajude mais em campo para que as vitórias voltem. 'Precisamos jogar com garra, se ajudar mais em campo'

Por Adilson Barros Santos, SP
Elano no treino do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Site Oficial do Santos)Elano comandou conversa no CT Rei Pelé
(Foto: Ricardo Saibun / Site Oficial do Santos)
O Santos é um time recheado de estrelas. Jogadores campeões, de Seleção Brasileira. O atacante Neymar e o meia Paulo Henrique Ganso têm status de astros de cinema. Elano também chegou badalado. No entanto, essa equipe ainda não engrenou. Patina na Taça Libertadores e está caindo no Campeonato Paulista. O técnico Adilson Batista não suportou a pressão de não conseguiu fazer o time andar e caiu. Agora, a diretoria tenta fechar com Muricy Ramalho, na esperança de que o treinador quatro vezes campeão brasileiro consiga recolocar a equipe nos trilhos.
Elano, um dos mais experientes do elenco, admite que está faltando um pouco mais de humildade ao Peixe. Ele pede que todos desçam de seus pedestais, esqueçam um pouco o fato de serem estrelas e passem a jogar como amadores.
- O momento é de reflexão. Os meninos não são mais promessas, mas realidades. Temos de voltar às nossas origens, jogar com garra, mudar de atitude para que os resultados voltem. Eu sou o primeiro a assumir. Sei que tenho de ajudar o time, marcar mais.

O meia diz que só fala isso abertamente porque já passou o recado aos seus companheiros. Antes do treinamento da última segunda-feira, ele comandou uma reunião de quase uma hora entre os jogadores no CT Rei Pelé.
- Tivemos uma conversa franca. Somos amigos, mas é coisa que precisa ser falada olho no olho. Temos de mudar o nosso espírito.
O Santos perdeu seus dois últimos jogos. Caiu diante do Colo Colo-CHI, quarta-feira passada, pela Taça Libertadores, e foi derrotado pelo Bragantino, no último sábado, pelo Paulistão. Foram cinco gols sofridos em dois jogos.
- Precisamos nos ajudar mais em campo. A defesa precisa ajudar o ataque e o ataque precisa colaborar também lá atrás. A equipe tem de ser um todo, um conjunto só - concluiu.